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Tecnologia

Futuro da Mídia: Realiade aumentada na produção de conteúdo

Carlos Cauvilla, diretor de Tecnologia e Operações do SBT, traz perspectivas da aplicação

Imagem da noticia Futuro da Mídia: Realiade aumentada na produção de conteúdo
carlos cauvilla é diretor de tecnologia e operações do sbt
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Realidade aumentada, cenários virtuais, tudo isso aplicado ao jornalismo ou entretenimento, a dramaturgia acha possível é possível sim. O SBT News conversou com Carlos Cauvilla, diretor de tecnologia e operações do SBT, que fala sobre realidade virtual e produção de conteúdo.

SBT News -- Você esteve na palestra agora, você tá vivenciando esse ambiente aqui na SET Expo, e a gente fica pensando o seguinte: daqui a pouco, a tecnologia será aplicada também, por exemplo, a uma produção do jornalismo. Como isso é possível? á que o jornalismo, tem por ofício, reproduzir tão proximamente da verdade, quanto possível, a própria realidade e a gente vai está vendo ali um cenário, que talvez não seja físico. Mas, tá valendo?

Carlos Cauvilla -- Então, eu acho que isso vai acabar ajudando a narrativa. Como você está dizendo, você quer retratar a realidade, mas, quando você usa uma tecnologia como essa que a gente está falando aqui, de realidade aumentada, de cenários virtuais, você pode, depois de produzido um conteúdo, mostrar para o teu público, por exemplo, como que é. 

Imagina um incêndio? Você pode simular aqui na nossa frente, como que o incêndio consome uma determinada vegetação... Na verdade, ele te ajuda a construir a sua narrativa, te ajuda a dar mais realismo. 

Você pode trazer, por exemplo, olhando para uma janela virtual, um cenário onde você possa dizer que uma determinada notícia aconteceu. 

E você pode inclusive, usando um meio de entrega digital, colocar alguns elementos para que as pessoas acessem, usem o óculos de realidade aumentada e viagem dentro desse conteúdo, seja ele de esporte, de jornalismo? 

Eu acho que as tecnologias só favorecem esse elemento de contar as histórias, sejam elas de jornalismo, sejam elas de entretenimento, de uma maneira geral. 

SBT News -- Vou abusar um pouco da sua paciência, em poucas palavras, conceitua para nós, o que é a tal realidade aumentada?

Carlos Cauvilla -- Realidade aumentada nada mais é do que você poder fazer uma imersão dentro de um conteúdo, usando algum tipo de tecnologia, que te transporta para um determinado cenário. 

 Para Cauvilla, o conteúdo será desenvolvido de outra forma devido à realidade aumentada | SBT News

SBT News -- Por isso, você fica imerso naquele cenário? 

Carlos Cauvilla -- Exatamente, você consegue literalmente perceber a maioria das sensações que você teria, se tivesse vivenciando a situação. 

O exemplo mais comum é você ter um óculos, ou alguns possíveis acessórios, você coloca o seu celular dentro de um case, e eles funcionam como óculos de realidade aumentada. 

E a partir dali todas as imagens e os sons que você percebe, te levam para dentro de um cenário, construído graficamente. Mas te dão toda essa sensação, porque você cria esse conteúdo e ele vem com sons, com imagens que te transportam. 

Então, na verdade, a realidade aumentada é um transporte para um mundo que não é real, mas te dá essa sensação. Ele aumenta a realidade para você. 

SBT News -- É bem fidedigno, então?

Carlos Cauvilla -- Bastante. Tem cenários, por exemplo, é interessante brincar com isso. 

Você simula, por exemplo, para quem tem, como é o meu caso, o famoso medo de altura, você tá andando aqui como a realidade aumentada. Você pode criar um cenário onde você tá a 50 metros de altura, caminhando na tua sala. 

Ou seja, você pode trazer coisas mais interessantes ainda que têm um potencial absurdo. Imagina que você tá numa final de um jogo importante. 

O SBT agora tem a Libertadores, imagina final da Libertadores? 

A gente consegue transportar para uma realidade aumentada, que você tá na primeira fila, no acento mais privilegiado vendo o futebol passando aqui na sua frente. Você pode interagir com todo esse conteúdo.

SBT News -- Mas não dá para fazer ser gol, sem ser gol? Não dá para criar o gol? 

Carlos Cauvilla -- Isso é talento de quem tá construindo o conteúdo, dos jogadores. 

SBT News -- Falando nisso, Carlos, você me faz pensar no seguinte, é a possibilidade de reproduzir determinados ambientes, das pessoas se transportarem para dentro desses ambientes. Vivenciarem de alguma maneira uma experiência de mais proximidade com essas realidades... Mas, ao mesmo tempo, a gente tá falando, claro, de muita tecnologia. Ao mesmo tempo, me parece, se eu estiver enganado, mas quer me parecer que a necessidade de, por exemplo, atores interagirem com esse tipo de tecnologia vai demandar um novo preparo. O jornalista, o redator, por exemplo, de um script para uma produção vai ter que ser pensado, também, do ponto de vista da criação.

Carlos Cauvilla -- É verdade. Você tocou num ponto importante. Porque realmente é existe ali uma parte com uma pelo conceito da virtualização onde você não vai naquele momento pro talent, você não vai estar enxergando todos os elementos. Mas, existem as técnicas para se construir aquele conteúdo. 

Tem muitas vantagens, mas, o correto é você ter um design de como aquilo vai ser tratado.

Como eu tava dizendo, num exemplo anterior, se você vai ao programa jornalístico fazer uma simulação de um incêndio consumindo a vegetação, isso tem que ser sido produzido.

Você vai ter combinado com o talent, aonde ele vai aparecer para ele e consegue ter um, a gente coloca uma monitoração para ele conseguir observar o efeito final dele presente com aquele elemento de realidade aumentada. 

Ou seja, é sim um conhecimento novo, mas, como ele vai ter uma riqueza enorme de resultado de interação com os talents, que já tem tantas qualidades, com certeza consegue absorver mais essa, para tornar o conteúdo ainda mais interessante.

"Todos os conteúdos disputam a atenção de quem vai consumi-los", diz Cauvilla | SBT News

SBT News -- Você acredita que a audiência, o telespectador, o internauta, ou assinante estão demandando esse tipo de atualização, esse tipo de aplicação da tecnologia nessas linguagens?

Carlos Cauvilla -- Eu não tenho dúvida e tem uma questão importante. Todos os conteúdos disputam a atenção de quem vai consumi-los e se a gente consegue enriquecer o conteúdo com exemplos como este, com certeza você atrai a atenção.

Ou seja, se nosso objetivo é ter audiência e trazer conteúdo relevante, a gente precisa usar essas tecnologias, com certeza.

SBT News -- Agradeço demais sua participação com a gente, Carlos. Boa sorte a gente quer ver toda essa produção no ar, hein.

Carlos Cauvilla -- Teremos, obrigado!

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