Atores de filmes adultos e extremistas pagaram por selo do Twitter, diz jornal
Milhares de contas que pagaram pelo serviço Blue estavam vinculados à extrema-direita
O serviço Twitter Blue, lançado por Elon Musk, que fornecia o selo azul de verificação da plataforma Twitter, ao custo de US$ 8 dólares atraiu vários influenciadores de extrema-direita.
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Segundo as informações do desenvolvedor de software Traivis Brown, publicadas no jornal norte-americano The New York Times, a rede social atraiu entre 10 e 15 de novembro mais de 137 mil pessoas ao serviço pago.
O desenvolvedor relatou ao jornal que baixou os dados com informações como a lista de seguidores, dados de criação das contas foram extraídas e, até mesmo, quando aderiram ao serviço pago foram conseguidas.
A partir desta lista, foi apontado que os assinantes do selo azul tinham entre 560 a 1 milhão de seguidores, como influenciadores, site de notícias árabe Alwatan, inclusive, profissionais que atuam em filmes adultos.
Extrema direita no Twitter Blue
Brown percebeu na análise dos dados a existência de muitos assinantes do serviço eram influenciadores da extrema-direita, sendo que cerca de 5 mil contas estavam ligadas a essa linha ideológica e estavam ativas promovendo ideias extremistas. Segundo um levantamento da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, alguns deles foram listados por postar teorias da conspiração sobre fraude eleitoral.
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O desenvolvedor publicou no Twitter exemplos de contas, que foram verificadas com o serviço pago, como o caso de um nazista que já tinha perdido o selo de autenticação na Alemanha, após promover comícios nazistas e recuperou após pagar pelo serviço.
Some examples of who @elonmusk is verifying now: a Nazi who lost his verification after organizing a Nazi rally, an account that?s banned in Germany for Nazi shit, whatever the fuck this third one is, and "dead tw*tter employee hanging from a tree groyper". pic.twitter.com/offp0reEy1
? Travis Brown (20-30% parody) (@travisbrown) November 15, 2022
Twitter entre fakes, demissões e busca de receitas
O Twitter já tinha pausado o serviço de assinatura Twitter Blue, que custava US$ 8. No lançamento, o selo provocou muita confusão devido ao crescimento das contas falsas.
O serviço foi criado como uma alternativa para incrementar as receitas da empresa, cujo as operações são mantidas apenas por publicidade.
Musk já tinha promovido o corte mais da metade da força de trabalho da empresa após a aquisição do Twitter por mais de US$ 44 bilhões, em meio de uma negociação polêmica que se arrastou durante 2022.