Itália ativa o 4º supercomputador mais poderoso do mundo
Será o primeiro supercomputador exascale a operar na Europa
Cido Coelho
Foi ativado nesta 5ª feira (24.nov), em Bolonha, na Itália, o sistema Leonardo HPC, considerado o quarto supercomputador mais poderoso do mundo em uma lista especializada. Construído pela empresa francesa Atos, com recursos da União Europeia e do Ministério da Universidade e Pesquisa italiano, Leonardo será operado pelo Cineca -- consórcio de 65 universidades e 27 instituições públicas de pesquisa e dois ministérios da Itália.
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O consórcio explica que a poderosa máquina será utilizada no desenvolvimento de aplicações em áreas como inteligência artificial, medicina, energias renováveis e bioengenharia.
A inauguração do supercomputador contou com a presença do presidente italiano Sergio Mattarella, além de autoridades locais, que destacam o salto na inovação digital promovida pelo país.
"Hospedamos com orgulho em nosso território uma infraestrutura que estará a serviço da Itália e da Europa para competir com os colossos internacionais no campo dos supercálculos e do big data", explica o governador da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini.
Além disso, o supercomputador vai ter um protagonismo na criação de soluções para a luta contra as alterações climáticas. Leonardo pode realizar 250 quatrilhões de operações por segundo, em um desempenho de 174,7 petaflops, levando a supermáquina.
"Os sonhos são possíveis apenas com grandes demonstrações de valor como a dos homens e mulheres que trabalharam nesse projeto", celebra a ministra da Universidade e Pesquisa da Itália, Anna Maria Bernini.
Segundo o fabricante, o sistema Leonardo pode ter uma capacidade de processamento de 249 petaflops sendo baseado em uma arquitetura BullSequana XH200, composto por dois módulos de computação, contando com um total de 3.500 processadores Intel Xeon, e de 14 mil GPUs modelo Nvidia A100.
Em uma posterior atualização, o supercomputador deve ter também processadores quânticos. Com a Leonardo, a União Europeia terá agora sete supercomputadores no continente, sendo que o próximo que entrará em operação em 2023, será o MareNostrum 5, do Centro de Supercomputação de Barcelona.
Assista à transmissão do evento de ativação do Leonardo:
Confira o ranking elaborado pelo Top 500:
- Top 10 no mundo
1º. Frontier (DOE/SC/Oak Ridge National Laboratory, Estados Unidos)
2º. Fugaku (RIKEN Center for Computational Science, Japão)
3º. LUMI (EuroHPC/CSC, Finlândia)
4º. Leonardo (EuroHPC/CINECA, Itália)
5º. Summit (DOE/SC/Oak Ridge National Laboratory, Estados Unidos)
6º. Sierra (DOE/NNSA/LLNL, Estados Unidos)
7º. Sunway TaihuLight (National Supercomputing Center in Wuxi, China)
8º. Perlmutter(DOE/SC/LBNL/NERSC, Estados Unidos)
9º. Selene (NVIDIA Corporation, Estados Unidos)
10º. Tianhe-2A (National Super Computer Center in Guangzhou, China)
- Supercomputadores no Brasil, segundo o Top 500
33º. - Pégaso (Petrobras, Brasil)
65º. - Dragão (Petrobras, Brasil)
126º. - Atlas (Petrobras, Brasil)
147º. - IARA (SiDi, Brasil)
155º. - NOBZ1 (MBZ, Brasil)
179º. - Fênix (Petrobras, Brasil)
387º. - A16A - (MBZ, Brasil)
462º. - Santos Dumont (LNCC, Brasil)