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Prazo para ativar 5G será cumprido no Brasil, avalia CEO da Ericsson

Executivo fala que há estoque para cumprir os prazos para implantação do sistema até meados do ano

Prazo para ativar 5G será cumprido no Brasil, avalia CEO da Ericsson
torre de transmissão de celular
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Em encontro com jornalistas realizado na 5ªfeira (17.mar), o CEO da fabricante sueca de telecomunicações Ericsson, para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, disse que apesar do cenário macroeconômico instável no país, a implantação do 5G nas capitais brasileiras não vai atrasar e que há estoques disponíveis para cumprir o prazo determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até o dia 1º julho, quando as novas redes devem ser ativadas. 

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O executivo também falou sobre as questões regulatórias para a implantação do sistema 5G no Brasil em comparação aos outros países, além do desenvolvimento dos testes e projetos pilotos estão sendo realizados pela Ericsson em parceria com empresas, indústrias e universidades. 

Em relação a investimento, a companhia garante que R$ 1 bilhão será investidos em tecnologia 5G até 2025, com a ampliação da fábrica em São José dos Campos, no país e que a guerra na Ucrânia não vai atrapalhar os planos.

Rodrigo também comentou sobre a questão da escassez de componentes, que apesar do reflexo no custo no curto prazo, as encomendas não serão afetadas e que há estoques de componentes disponíveis para garantir todas as entregas programadas até meados deste ano.

"A nossa estratégia no passado foi fazer um estoque preventivo. Nós temos relativo conforto nesse estoque e agora é fazer uma diversificação na nossa matriz e supply. Seja por modificar o design dos nossos equipamentos, para que eles tenham sempre a opção um componente crítico de dois fornecedores", explica. "Até o final do segundo trimestre estamos com produção em dia, com nossos clientes sendo implantados. Mas todo dia tenho que olhar nosso relatório de supply para garantir que não houve escorregos em que determinado componente faltou", conclui Dienstmann.

Rodrigo Dienstmann falou aos jornalistas sobre as perspectivas da Ericsson sobre investimentos no 5G na América Latina | Divulgação

Apesar do dólar caro, operadoras têm pressa

Ainda no encontro, o executivo destacou que a questão da flutuação do dólar provoca a mudança dos contratos com as operadoras de telecomunicações, devido a indexação ao câmbio. Neste caso, com a moeda mais cara, o custo dos projetos crescem e dificultam a sua implantação.  

Além disso, segundo o Dienstmann, as operadoras querem acelerar a ativação das redes 5G no Brasil. A nova geração de transmissão traz uma nova possibilidade de geração de receita para estas empresas, com a exploração de oferta de serviços para redes privadas e o fatiamento de rede. 

"As operadoras são hoje as principais fornecedoras de redes WiFi para grandes empresas. Com redes privadas elas têm plenas condições de seguir à frente na oferta de aplicações 5G mesmo em espectro não licenciado", detalhou. 

Custo dos equipamentos deve cair com o tempo

Para ele, há uma questão de oportunidade também é que após a implantação do sistema e, com o passar do tempo, o custo dos equipamentos na casa dos usuários (CPEs) vai cair e será mais uma janela de oportunidade em relação à tecnologia de fibra óptica.

"Esse é um tema quando for falar de universalização, tem que começar colocar sobre a mesa. Hoje, o gargalo é o custo CPE que está caindo, mas a gente poder realmente usar alguma alavanca ou fundo público para acelerar essa depreciação no Brasil, porque isso tem a ver com inclusão digital, um ponto importante"

Brasil não terá problemas no fatiamento de rede (slicing)

Durante o encontro, ele ressaltou que o país não terá problemas sobre o fatiamento de rede (slicing), que pode ser uma forma das operadoras explorarem comercialmente a rede de forma mais exclusiva e dedicada. Apesar de reconhecer que pode levar um tempo, por conta da adaptação no sistema e a concepção do produto final, o uso do slicing pode ser promissor. 

No caso do slicing, este típo de tráfego seria diferenciado em relação aos serviços de TV, streaming, telefone e banda larga na mesma rede, por funcionar em outro sistema, sem atrapalhar o sistema coletivo em funcionamento.

Como por exemplo, ofertar um serviço exclusivo para uma instituição financeira, como por exemplo, o cliente poderia acessar sua conta bancária por um aplicativo sem passar pela internet convencional, ou seja, um acesso por uma rede de tráfego de dados do próprio banco. Segundo o executivo, a Anatel foi consultada e que há compreensão de que o slicing não fere a neutralidade de rede pois não se trata apenas de tráfego de dados na internet. 

"Da mesma forma que o telefone ou a TV por assinatura em uma rede óptica não sofrem com alteração da velocidade da banda larga fixa, o slicing permite a entrega de serviços especializados"

Projetos em andamento

Fabricante sueca tem ao menos 14 testes com o 5G em vários setores no Brasil | Pixabay

No Brasil, a Ericsson já faz projetos pilotos com a nova tecnologia em empresas de diversos setores.  São pelo menos 14 projetos que envolvem os setores de serviço, agronegócio, educação, financeiro, saúde, telecomunicações e indústria 4.0 já estão sendo contemplados.

Confira algumas das parecerias com teste em 5G:

  • Soluções para Smart Cities e IoT -  Claro, Embratel, Ericsson e Universidade de São Paulo (USP) anunciaram em fevereiro um acordo de colaboração para o desenvolvimento conjunto de soluções 5G para Smart Cities e IoT. O objetivo é formar uma rede de colaboração público-privada na qual as empresas possam oferecer capacitação tecnológica e interação entre especialistas, pesquisadores e alunos para atuarem no lançamento de Provas de Conceito (POCs) que contribuam para a melhoria da efetividade e da eficiência de ferramentas e serviços para a tecnologia 5G, assim como para Narrow Band e CAT-M.
  • Centro de soluções 5G - Centro Universitário FEI e Vivo criaram o Centro de Soluções 5G na sede da FEI, tendo Internet das Coisas como âncora. Destaque para automação, logística e mobilidade urbana em cidades inteligentes. O projeto visa garantir que profissionais estejam capacitados para desenvolver soluções originais para desafios inéditos no futuro.
  • Caixa eletrônico com 5G - Claro, Tecban e Banco24Horas desenvolveram o primeiro caixa eletrônico com tecnologia 5G da América Latina. Foi instalado em Alphaville (SP), em abril de 2021, para endereçar os desafios de assegurar menor tempo de resposta e a maior velocidade para todas as aplicações ativas.
  • Agência bancária com 5G - Vivo e Itaú inauguraram a primeira agência bancária física conectada com 5G, no bairro Brooklin, na zona sul de São Paulo. Objetivo é garantir maior velocidade dos sistemas internos e melhor oferta de conectividade aos clientes, com aplicação de acesso fixo sem fio (FWA) conectado em 5G.
  • Soluções  em IoT e IoT-M - Claro, Embratel e Parque Tecnológico São José dos Campos firmaram parceria para desenvolver, validar e testar soluções que envolvam 5G, Internet das Coisas (IoT) e IoT-Mobile (IoT-M) e que atendam às necessidades do mercado corporativo, nos segmentos de Indústria 4.0, Agronegócio, Saúde, Smart City e Educação. O objetivo é identificar empresas e instituições científicas e tecnológicas associadas ou não ao Parque Tecnológico e que tenham interesse em cocriar para endereçar necessidades reais dos seus negócios e clientes. Primeiro resultado ? uma aplicação de 5G em uma das operações da Autaza para gestão de infraestrutura ? foi compartilhado há duas semanas com resultados expressivos.


 

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