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Operação Sonserina: esquema milionário de desvios em escolas do DF é alvo da polícia

Com nome inspirado na saga Harry Potter, ação é desdobramento da Operação Hogwarts e identificou fraude de cerca de R$ 8,5 milhões envolvendo recursos públicos

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Operação Sonserina: esquema milionário de desvios em escolas do DF é alvo da polícia (PCDF/Divulgação)
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta 4ª feira (8.nov), a Operação Sonserina, mirando um esquema milionário de desvio de recursos públicos em escolas. A ação tem nome inspirado em uma casas de magia do universo Harry Potter, famosa por formar alunos ambiciosos, e é desdobramento da Operação Hogwarts, batizada em referência ao nome da escola de bruxaria da saga.

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A Sonserina mobilizou 80 policiais para cumprir 17 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de direcionar contratações de empresas pela Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Sobradinho e por escolas da região, bem como realizar pagamentos indevidos a gestores dessas unidades de ensino.

As medidas judiciais foram realizadas nas regiões administrativas de Águas Claras, Gama, Guará, Planaltina, São Sebastião, Sobradinho e no estado da Bahia, tanto em residências de sócios das empresas quanto de sócios ocultos e servidores públicos sob investigação. A CRE de Sobradinho e empresas supostamente beneficiadas também foram alvo da polícia. Um servidor acabou afastado.

A operação de hoje continua as investigações realizadas no âmbito da Operação Hogwarts, realizada em dezembro de 2022. À época, denúncias anônimas indicavam o direcionamento de verbas de emendas parlamentares do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) a serviços e compra de materiais por empresas vinculadas a gestores de instituições de ensino. As irregulares ocorriam na CRE de Planaltina.

A apuração policial ainda apontou que as empresas investigadas apresentavam propostas de outras companhias, supostamente concorrentes, para dar verniz de legalidade ao procedimento de contratação. 

"Um grupo, formado por sete diferentes empresas, na realidade era gerido pelas mesmas pessoas, sendo que este grupo recebeu da Regional de Ensino, somente em 2022, o montante aproximado de R$ 8,5 milhões", informa o diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), 
delegado Leonardo de Castro, em comunicado da PCDF à imprensa.

Os suspeitos podem responder por associação criminosa, estelionato, falsificação de documento, corrupção e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas chegam a cerca de 36 anos de prisão.

A Sonserina ainda envolveu a Delegacia de Repressão à Corrupção (DRcor), vinculada ao Decor, e recebeu apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

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