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4 em cada 10 municípios da fronteira brasileira não possuem leitos do SUS

Levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra que 90% das 588 cidades não contam com UTI

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Hospital em Alenquer
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Um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com dados do Ministério da Saúde, mostra dados alarmantes em relação ao atendimento de saúde dos municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países. Segundo o CFM, 45% deles não possuem um hospital do SUS. Além disso, 90% não contam com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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O município de Alenquer, no Pará, é um dos 588 municípios espalhados por 11 estados que vivenciam a situação. Um amigo de Dona Maria, por exemplo, conseguiu marcar uma ultrassonografia depois de um ano e meio de espera, há 140 km do município de origem. "Acho errado isso, e se ele tivesse morrido já?", disse.

A prefeitura do município disse que aguarda verba para o atendimento. "A pessoa tem que aguardar realmente pela sua vaga, porque não depende exclusivamente do município de Alenquer e, sim, nós dependemos de outros municípios de unidades abrangentes", afirmou a enfermeira que atua em Alenquer, Maria do Socorro da Silva

Ainda segundo o levantamento, as consultas caíram 28% nessas cidades nos últimos dez anos. Apesar de representar mais de 10% do total de municípios brasileiros, eles concentram menos de 3% dos médicos, apenas 2,5% dos enfermeiros e 1% dos dentistas.

Em nota ao SBT News, o Ministério da Saúde destacou a retomada do programa Mais Médico e que atua para preencher os vazios assistenciais no país. Segundo a pasta, das 5.967 vagas do programa, 500 foram destinadas às regiões de faixa de fronteira.

Confira a nota na íntegra:

O Ministério da Saúde destaca que, desde que assumiu, a nova gestão atuou para preencher os vazios assistenciais no país. Uma das primeiras medidas da pasta foi a retomada do programa Mais Médicos, que havia sido desidratado pelo governo anterior.

Nesta segunda-feira (19), foi divulgado o resultado final da alocação dos profissionais. O programa preencheu 100% das 5.967 vagas, distribuídas em quase dois mil municípios. A maior parte destes profissionais começará a atuar nos municípios ainda neste mês.

Os médicos selecionados vão reforçar as equipes de Atenção Primária à Saúde nas regiões mais vulneráveis. Cerca de 500 vagas foram destinadas às regiões de faixa de fronteira. Além disso, o Mais Médicos criou 1.000 novas vagas em municípios da Amazônia Legal, que concentra a maior área de fronteira, e reforçou o atendimento nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIS), muitos dos quais localizados nessas regiões.

Outras 10.000 vagas do Mais Médicos foram abertas nesta segunda (19/6) para preenchimento em regime de coparticipação dos municípios. Terão preferência no preenchimento das vagas as regiões e municípios localizados em vazios assistenciais, em locais de difícil acesso e vulnerabilidade social.

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