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Violência doméstica é um dos principais problemas do Brasil, aponta relatório

Documento aponta violência contra as mulheres como um dos principais problemas do país

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Um relatório mundial sobre direitos humanos apontou a violência contra as mulheres como um dos principais problemas do Brasil. Segundo o documento, em 2021, mais de 1 milhão de casos de violência doméstica e mais de 6 mil de feminicídios estavam pendentes na Justiça brasileira.

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Quatro mulheres assassinadas por dia, apenas pelo fato de serem mulheres. A marca sobre a violência doméstica no país, que atingiu nível recorde em 2022, coloca o Brasil numa vergonhosa posição no relatório de violação dos direitos humanos, que reúne informações de 100 países.

Em 2021, havia mais de 1 milhão de processos na Justiça sem solução, aponta o documento. Para a diretora da Human Rights Watch Brasil, a Lei Maria da Penha, em vigor há 17 anos, é ótima, mas ainda não foi implementada como necessário. Também não houve prioridade no combate à violência contra a mulher nos últimos anos.

"A gente teve um corte substancial de todo o orçamento federal pra proteção da mulher e combate à violência domestica. Foi uma redução de quase 90% de orçamento federal. No final do ano passado, o então Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos nos informou que, num país que a gente tem mais de 100 milhões de mulheres, a gente tinha só 77 abrigos", diz Maria Laura Canineu.

Os abrigos são a última esperança de sobrevivência para muitas mulheres que em casa viviam sob risco e ameaça de morte. Dos 77 existentes no país, 9 ficam na maior cidade brasileira, São Paulo. Para nossa reportagem entrar, foi preciso seguir um rigoroso e necessário protocolo de segurança.

O endereço é sigiloso, nem a vizinhança sabe o que funciona lá. Há vigilância 24 horas por dia. Os filhos também são acolhidos. Livres da violência, elas abrem lá novas portas.

Para que a proteção às vítimas seja efetiva no país, os especialistas recomendam a criação de mais delegacias da mulher, treinamento de policiais, monitoramento das medidas protetivas e que se levem as ameaças a sério. A morte é o capítulo final de uma história de abusos que com certeza começaram muito antes.

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