Risco de morte por covid reduz até 16 vezes com 4ª dose da vacina
Estudo mostrou a relação entre a imunização e a taxa de mortalidade da doença

Leonardo Bonesso
Um estudo do Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul mostra que com o esquema vacinal contra covid-19 completo, isto é, as quatro doses do imunizante, o risco de morte por causa do coronavírus diminui, conforme a idade.
"Dentro das faixas etárias, em todas elas, quando a pessoa tem o esquema vacinal primário, depois faz o primeiro reforço e, no caso daqueles elegíveis para o segundo reforço, no caso os idosos e as pessoas com comorbidades, isso tem sido um fator de proteção, ou seja, diminui sim o risco de morrer", explica o diretor-adjunto Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Marcelo Vallandro.
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De acordo com a pesquisa, na faixa etária acima dos 60 anos, a taxa de mortalidade é de 8 vezes menor, na comparação com quem recebeu duas doses ou dose única da vacina. Já dos 40 aos 59 anos, o risco de morte, com a 4ª dose, pode diminuir em até 16 vezes.
Márcia, de 54 anos, está com o esquema vacinal em dia. O medo de contrair a covid-19 de forma severa foi o incentivo para ela não ficar sem a 4ª dose.
"Ainda é o meio mais efetivo para evitar maiores complicações. E como a gente é da área da saúde, então todas as doses são sempre bem-vindas, assim como todas as medidas de prevenção, né?", argumenta a dentista Márcia Cristina Rodrigues.
Desde junho, o Ministério da Saúde estabelece que todas as pessoas acima de 12 anos podem receber uma dose de reforço da vacina contra a covid. Contudo, a 4ª dose tem sido recomendada para maiores de 40 anos. Como as decisões sobre imunização cabem aos estados e municípios, os critérios para o esquema de vacinação variam de um lugar para o outro.
Até agora, em todo o país, cerca de 38 milhões de pessoas, pouco mais de 7% da população, receberam a 2ª dose de reforço. Dados do Ministério da Saúde mostram que, desde o mês passado, os registros de novos casos de covid estão em alta; e a média de mortes, também.
Por isso, Márcia torce para que a adesão à vacina aumente: "se a vacina não tivesse vindo, a gente não teria essa tranquilidade para esta fazendo as coisas, voltando a trabalhar, estudar, como a gente está agora".
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