Casos de feminicídio marcam ofinal de semana no Rio Grande do Sul
Em um deles, homem matou ex-mulher e abandonou o filho em um posto de gasolina
Luciane Kohlmann
Três casos de feminicídio marcaram o último final de semana no Rio Grande do Sul. Uma das vítimas foi Deise Silva, de 28 anos, executada pelo ex-marido, Jair Kreulich, de 41 anos, com um tiro na cabeça.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o assassinato entrega o filho, de 2 anos, a um estranho em um posto de gasolina. As imagens foram feitas poucas horas depois do assassinato. A criança foi abandonada com as roupas sujas pelo sangue da mãe, cujo corpo foi abandonado na rua.
"No sábado, ele teria feito uma ligação anterior a ela e, a partir dai, com um pretexto, ele foi até a residência, onde ele pegou ela, e ela saiu com ele e também com esse filho de 2 anos. Então, ele acabou matando ela logo em seguida", conta o delegado Nei da Silva. Jair foi preso após capotar o veículo.
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Em Guaíba, na Grande Porto Alegre, o policial militar Jonatan da Rosa Ildebrand matou a namorada Mariana Marques, de 21 anos. Ele tentou simular o suicídio da jovem, na madrugada de sábado (26.nov).
"Ele me ligou 08 horas da manhã em ponto: 'Márcio, vem aqui que a Mariana vez uma bobagem'. Eu acreditei, em um primeiro momento, que ela tinha se suicidado", conta o pai da vítima, Márcio Marques.
A versão do suicídio não convenceu os policiais, e Jonatan foi preso em flagrante.
A onda de violência contra a mulher, no Rio Grande do Sul, não parou por aí. Ainda no sábado, um homem foi preso por matar a companheira e o vizinho. Lidiane Jurema Carvalho, de 42 anos, estava desaparecida dede a última 3ª feira, em Gramado, na Serra Gaúcha.
O corpo da mulher havia sido enterrado no quintal da própria casa. Na 6ª feira, câmeras flagraram o acusado caminhando em direção à residência do vizinho, José Fogassa da Silva, de 76 anos. O idoso foi morto a marteladas, assim como Lidiane.
"Segundo ele [o assassino], a motivação dos fatos seria de que ambos, tanto a companheira quanto o idoso, estavam mantendo um relacionamento amoroso que ele havia descoberto uma semana antes de matar a companheira", relata o delegado Gustavo Barcellos.
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