Saúde mantém combinação de nirmatrelvir e ritonavir para tratamento da covid-19
Decisão leva em conta uma nova análise sobre o impacto orçamentário no SUS para aquisição do medicamento
O Ministério da Saúde decidiu manter a incorporação da combinação dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir – Paxlovid – para o tratamento da covid-19. A conclusão foi divulgada na última semana, em portaria assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha.
A decisão leva em conta a nova análise sobre o impacto orçamentário no Sistema Único de Saúde (SUS) para aquisição do medicamento, que indicou que haveria uma redução de recursos para o sistema público. O Ministério da Saúde destacou, no entanto, que o valor está sujeito a mudanças tendo em vista a imprevisibilidade do cenário pandêmico.
A manutenção da decisão de incorporação do nirmatrelvir/ritonavir foi recomendada inicialmente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), em análise de atualização que observou o cenário atual da pandemia.
O medicamento é indicado para pacientes com covid-19 leve a moderada, não hospitalizados e que apresentam alto risco para agravamento da doença. O tratamento, que deve começar em até cinco dias depois do início dos sintomas, busca evitar o agravamento da doença, especialmente em pessoas com fatores de risco e menor resposta vacinal.
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Apesar do tratamento, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação para conter os casos de covid-19. "A principal medida de prevenção contra formas graves da covid-19 é a vacina. No caso da imunização contra o coronavírus, estão sendo utilizadas também as vacinas bivalentes, que protegem contra o vírus original, a variante Ômicron e suas subvariantes", disse a pasta.