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Quem fala mais: homens ou mulheres? Estudo traz respostas

Pesquisadores acreditam que as diferenças individuais são mais importantes do que entre gêneros; entenda

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Quem ganha na quantidade de palavras ditas em um dia? | Freepik
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Homens e mulheres. Quem ganha na quantidade de palavras ditas em um dia? Algum palpite?

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Um estudo recente feita pela Universidade do Arizona, nos EUA, mostrou que a resposta não é tão simples assim. Apesar de as mulheres entre 25 e 64 anos falarem, em média, 3 mil palavras a mais por dia do que os homens da mesma faixa etária, a diferença não foi observada em outros grupos etários, contestando o estereótipo de que mulheres são mais falantes em geral.

"Há uma forte suposição intercultural de que as mulheres falam muito mais do que os homens", afirma Colin Tidwell, coautor do estudo e doutorando em psicologia clínica na Universidade do Arizona. "Queríamos ver se essa suposição se mantém ou não quando testada empiricamente".

Matthias Mehl, autor do estudo e professor da Universidade do Arizona, destaca que a variação individual é maior do que a diferença entre os gêneros.

Por exemplo, o participante menos falante analisado pelo estudo, um homem, disse cerca de 100 palavras por dia, enquanto o mais comunicativo, também do sexo masculino, chegou a 120 mil palavras.

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A pesquisa, publicada no Journal of Personality and Social Psychology, analisou 630 mil gravações de 2.197 participantes, com idades entre 10 e 94 anos.

Por que as mulheres falam mais do que os homens nessa faixa etária?

Os resultados mostraram que mulheres entre 25 e 64 anos falaram aproximadamente 21.845 palavras por dia, enquanto os homens desse mesmo grupo falaram 18.570. Os pesquisadores sugerem que essa diferença pode estar relacionada ao papel das mulheres na criação dos filhos, período em que precisam se comunicar mais com as crianças.

Diferenças individuais são maiores do que entre gêneros

“Os humanos são muito mais diferentes individualmente do que os dois gêneros sistematicamente”, afirma Mehl.

Para aprofundar a relação entre socialização e bem-estar, Mehl está desenvolvendo um dispositivo chamado “SocialBit”, semelhante a um Fitbit, para medir o tempo de conversa diária sem registrar o conteúdo. “A socialização está ligada à saúde, pelo menos na mesma medida que a atividade física e o sono”, conclui.

Comunicação verbal em queda

Outra descoberta foi a redução do número médio de palavras faladas ao longo dos anos. Entre 2005 e 2018, a média diária caiu de 16 mil para 13 mil palavras, o que pode estar ligado ao aumento do uso de comunicação digital, como mensagens de texto e redes sociais.

*Com informações do Futurity

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