Saúde

Preta Gil coloca bolsa de colostomia definitiva; entenda o que é

Em dezembro de 2024, a artista passou por uma cirurgia que durou 21 horas para retirar tumores e revelou que a recuperação tem sido desafiadora

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Preta enfrenta uma recidiva do câncer desde agosto de 2024 | Reprodução/Instagram
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Preta Gil informou em suas redes sociais, neste domingo (26), que agora está utilizando uma bolsa de colostomia definitiva para seguir o tratamento contra o câncer no intestino (veja mais detalhes abaixo).

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No final de dezembro de 2024, a cantora e empresária passou por uma cirurgia com duração de cerca de 21 horas, com o objetivo de retirar tumores. Ela revelou que a recuperação tem sido desafiadora.

"Só melhora. Mas é difícil. É um reaprender a fazer muitas coisas. Eu tô aprendendo a lidar com a bolsa de colostomia, dessa vez definitiva. Eu vou ficar para sempre com essa bolsinha e sou muito grata a ela por isso", declarou.

Preta explicou que, inicialmente, acreditava que o procedimento seria semelhante à cirurgia realizada no ano anterior, mas, desta vez, a recuperação está sendo mais longa e complexa. Apesar das dificuldades, ela garantiu que está se alimentando bem, praticando exercícios e se cuidando.

"Sei que tô sumidinha, mas precisei ficar afastada das redes para me concentrar totalmente na minha reabilitação. Eu não tinha ideia que essa cirurgia fosse ser tão difícil", disse a artista.

O que é bolsa de colostomia definitiva?

A colostomia é uma abertura de parte do intestino, denominada cólon, para o meio externo para que seja feita eliminação do conteúdo do intestino, como fezes, de acordo com o Instituto Vencer o Câncer.

Ela pode ser temporária, como parte do tratamento cirúrgico, especialmente para proteção de anastomoses, que são suturas (pontos cirúrgicos) no intestino, ou definitiva.

Segundo o instituto, a pessoa que usa a bolsa de colostomia de forma definitiva pode retomar as atividades normais da rotina após o período de adaptação, que varia de paciente para paciente.

Em outubro, Preta usou temporariamente ileostomia, ou seja, quando a abertura é feita em porção do íleo, parte do intestino delgado, acima do local onde é inserida a colostomia (no cólon).

Volta do câncer de Preta Gil

No início de 2023, ela foi diagnosticada com adenocarcinoma, um tipo de tumor maligno no reto e chegou a anunciar a remissão da doença.

No entanto, em agosto de 2024, a cantora anunciou a retomada do tratamento contra o câncer após detectar o retorna da doença por exames de rotina. Na ocasião, anunciou que a doença voltou em "quatro lugares diferentes": dois linfonodos, uma metástase no peritônio e uma lesão na ureter (tubos que transportam a urina nos rins).

Por que o câncer pode voltar?

O termo recidiva é usado pela literatura médica para definir o retorno de uma doença. No caso do câncer, ainda que em um primeiro momento ocorra a remissão completa, ele pode retornar quando pequenas áreas tumorais ficam no corpo, as "micrometástases", que não são detectáveis em exames de imagem, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

"Mesmo com o tratamento que tinha intenção de curar o câncer, ele pode voltar", ressalta Clarissa Baldotto, oncologista clínica e membro do Comitê de Tumores do Sistema Nervoso Central da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

De acordo com a SBOC, o retorno da doença pode acontecer no mesmo local onde foi diagnosticado inicialmente (recidiva local) ou em outras regiões do corpo, podendo ser uma área próxima a do diagnóstico inicial (regional) ou em outra parte do corpo, geralmente distante de onde ocorreu pela primeira vez (metastática distante ou à distância).

Por exemplo, seria o caso de um paciente inicialmente com câncer de mama, mas que na recidiva desenvolve a doença nos ossos.

Geralmente, segundo Clarissa, a recidiva é detectada em consultas de retorno, que devem ser realizadas de três em três meses no início, depois o tempo vai aumentando. Nessas consultas, os médicos costumam indicar exames como tomografia e pet-scan.

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