OMS aprova primeiro teste diagnóstico de Mpox para uso emergencial
Produto da Abbott Laboratories detecta vírus por meio da coleta de material microbiológico em feridas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, na quinta-feira (3), o primeiro teste de diagnóstico de Mpox – antiga varíola dos macacos – para uso emergencial. Trata-se do teste Alinity m MPXV, fabricado pela Abbott Laboratories, que permite a detecção do vírus da doença por meio da coleta de material microbiológico em feridas.
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Segundo Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, a aprovação do teste deve expandir a capacidade de diagnóstico em países que enfrentam surtos de Mpox. Com o diagnóstico precoce, os infectados poderão receber tratamentos e cuidados, impedindo que a doença se agrave.
"Este primeiro teste de diagnóstico listado no procedimento de Lista de Uso de Emergência representa um marco significativo na expansão da disponibilidade de testes nos países afetados. Aumentar o acesso a produtos médicos de qualidade garantida é fundamental para nossos esforços em ajudar os países a conter a propagação do vírus e proteger seu povo, especialmente em regiões carentes”, disse Yukiko.
A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto deste ano. A decisão levou em conta o alto número de casos confirmados em mais de 12 países e a disseminação de uma nova forma do vírus. Desde janeiro, mais de 100 mil casos foram registrados no mundo, além de 229 mortes.
No Brasil, há 1.230 infecções de Mpox confirmadas ou prováveis, conforme último boletim do Ministério da Saúde. A região Sudeste é a mais afetada pela doença, concentrando 980 casos (79,7% do total de infecções no país). Tal número é liderado pelos estados de São Paulo, que contabiliza 643 casos (52,3%), e do Rio de Janeiro (268 – 21,8%).
O que é a Mpox?
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.
Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.
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De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.