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Saúde

Febre Amarela: São Paulo chega a oito mortes pela doença em 2025; como se prevenir?

Número já é quatro vezes maior do que registrado em todo o ano de 2024; avanço preocupa no Carnaval

Imagem da noticia Febre Amarela: São Paulo chega a oito mortes pela doença em 2025; como se prevenir?
Sabethes é um dos mosquitos responsáveis pela transmissão da doença no ciclo silvestre | Wiki
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Até esta sexta-feira (14), o Estado de São Paulo detectou 11 casos autóctones (transmitidos dentro do território estadual) de febre amarela em 2025. Desse total, oito pessoas morreram. Todas as vítimas não estavam vacinadas. A doença, que tem avançado pelo interior paulista, preocupa autoridades de saúde.

O número já é quatro vezes maior do que o registrado em todo o ano de 2024, quando o Estado registrou duas mortes.

+ Febre amarela: novo tratamento contra doença pode reduzir risco de morte em até 84%

As infecções em São Paulo ocorreram nas cidades de Socorro, Joanópolis, Campinas, Brotas, Tuiuti, Amparo e Valinhos. Além dos casos confirmados por transmissão dentro do Estado, há um caso importado de Itapeva (MG).

Também foram registradas 30 mortes de primatas não humanos, incluindo uma em Osasco, na Grande São Paulo — região com baixos índices de vacinação.

Diante do avanço da doença, o governo estadual emitiu um alerta reforçando a importância da imunização, especialmente para quem planeja viajar durante o Carnaval para áreas com registro de transmissão ou regiões de mata.

A secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) Ethel Maciel aponta que a vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O imunizante, aplicado em uma dose, é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o Ministério da Saúde recomenda duas doses da vacina para crianças de até cinco anos — a primeira aos nove meses e a segunda aos quatro anos.

A vacina só não é recomendada para:

  • Crianças menores de 9 meses de idade;
  • Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
  • Pessoas com alergia grave ao ovo;
  • Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350;
  • Pessoas em tratamento com quimioterapia / radioterapia;
  • Pessoas portadoras de doenças autoimunes;
  • Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).

O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo o Haemagogus e Sabethes os mais importantes.

Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver alguns sintomas como febre, icterícia, hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. No geral, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento é apenas sintomático, com assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para reduzir as complicações e o risco de óbito.

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