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O que fazer se meu cachorro morder um rato

Vira-latas argentinos resolveram confusão ao caçar roedor que invadiu entrevista do prefeito de Buenos Aires, mas - atenção! - cães e gatos correm riscos ao entrar em contato com ratos

O que fazer se meu cachorro morder um rato
Cachorro e gato descansam em calçada. Foto: Glomad Marketing/Unsplash
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Correu o mundo nesta semana cena transmitida ao vivo pela TV argentina de um rato invadindo a entrevista coletiva do prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri.

O roedor causou pânico na rodinha de políticos e jornalistas que acompanhavam a ação do prefeito na região portuária da cidade.

Eis que surgem dois cachorros, abocanham o roedor e acabam com a bagunça.

+ Mosquito da dengue oferece risco também a cachorros e gatos

O ato heroico dos doguinhos argentinos deixou tutores de pets e cachorreiros em geral preocupados. Estará a saúde da dupla de vira-latas em risco? E se meu cachorro morder um rato, o que eu faço? Como agir se meu gato caçar um roedor?

O SBT News conversou com a médica veterinária Eloá Rodrigues e responde a essas e outras dúvidas sobre acidentes que podem acontecer entre animais domésticos e roedores.

Leptospirose é a preocupação nº1 para cachorros

O principal risco quando um animal doméstico entra em contato com um rato são doenças infecciosas.

Para cachorros, a mais preocupante delas é a leptospirose. A doença é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida de animais para pessoas, o que exige cuidado extra.

Ratos infectados transmitem a doença pela urina, por mordida e pelo sangue.

A bactéria é tão resistente que sobrevive até em poças d’água e pode infectar cachorros pelas mucosas (boca e nariz, por exemplo) mesmo sem o pet ter um ferimento na pele.

Quando um cão pega leptospirose, o órgão mais afetado são os rins, responsáveis por filtrar toxinas do sangue.

Conheça sintomas da leptospirose em cachorros

  • Perda de apetite
  • Vômito e diarreia
  • Urina escura
  • Mau hálito
  • Fraqueza
  • Febre
  • Olhos e pele amarelados
  • Vermelhidão nos olhos
  • Feridas na boca
Rato invade entrevista coletiva do prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri. Foto: Reprodução

Para os gatos, o risco maior é a toxoplasmose

Gatos também podem pegar leptospirose, mas é raro. Nos felinos, a maior preocupação quando há contato com ratos é a toxoplasmose.

A toxoplasmose também é uma zoonose, ou seja, pode passar para humanos. A forma mais comum de uma pessoa pegar a doença, no entanto, é ingerir alimentos crus e mal lavados. É dessa forma que os cistos do parasita entram no nosso corpo.

Gatos podem pegar a doença por comer animais contaminados, como ratos.

É comum que os felinos funcionem como hospedeiros do parasita, mas não mostrem sintomas de toxoplasmose. Alguns gatos podem ter febre, perda de apetite e fraqueza.

Os sintomas se tornam mais claros se o parasita conseguir espalhar e fixar cistos pelo organismo do gato, por exemplo:

  • Nos pulmões, esses cistos podem causar pneumonia
  • No fígado, ocasionam amarelamento das mucosas
  • Nos olhos, o sinal é a cegueira
  • No sistema nervoso, o gato pode passar andar em círculos e a ter convulsões

O gato expele cistos do parasita pelas fezes.

O que eu faço se flagrar meu pet com um rato na boca

Caso o cachorro ou gato seja adestrado, é possível ensinar um comando de “solta” para usar em situações como essa, mas, na maioria dos casos, o pet vai ter o instinto de caçar e até brincar com o rato.

Você deve tomar muito cuidado ao tentar tirar o rato da boca do pet, pois pode acabar levando uma mordida – do bicho doméstico ou do roedor. Nos dois casos, há risco de transmissão de doenças para o humano.

Como agir depois que o pet entrou em contato com o rato

Depois que o gato ou cachorro teve contato com o rato, a primeira coisa é manter o pet em observação, orienta a veterinária Eloá Rodrigues.

“Se o animal começar a apresentar qualquer sintoma, como vômito, prostração, não querer comer, é interessante levar ao veterinário.”

Como o avanço de doenças infecciosas no organismo dos bichos é rápida, os veterinários se guiam pelos sintomas para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes.

Vacinas são a saída para evitar doenças graves nos pets

Para proteger o pet contra doenças transmitidas por roedores e contra dezenas de outros males, a melhor solução é manter a vacinação dele em dia.

As vacinas anuais V8 e V10 protegem contra a leptospirose. Em regiões com muitos casos da doença, os veterinários podem indicar ainda um reforço de seis em seis meses do imunizante contra a bactéria.

Não há vacina contra a toxoplasmose.

Medidas de higiene e de segurança no local onde vivem cachorros e gatos diminuem as chances de acidentes com roedores.

Impedir os pets de saírem para a rua desacompanhados previne contato com ratos, além de evitar fugas, brigas, ataques e atropelamentos.

No caso dos gatos, convém manter a caixa de areia sempre limpa, manusear o local sem ter contato direto com as fezes do bicho e lavar bem as mãos depois.

O tratamento tanto para leptospirose quanto para toxoplasmose em pets inclui remédios, que devem ser indicados por um médico veterinário a partir da avaliação de cada caso.

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