Ministras da Saúde e Cultura assinam acordo para criação do Memorial da Pandemia no Rio de Janeiro
Documento também prevê outras ações conjuntas entre as duas pastas
Yumi Kuwano
Um acordo de cooperação técnica foi assinado, nesta sexta-feira (9), pelas ministras da Saúde, Nísia Trindade, e da Cultura, Margareth Menezes, prevê a criação do Memorial da Pandemia de Covid-19, no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer a saúde e preservar a memória das mais de 700 mil vítimas da pandemia.
A assinatura ocorreu na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e o espaço será criado no Centro Cultural do Ministério da Saúde.
Durante o evento, Nísia destacou a importância do trabalho intersetorial do governo. “A assinatura deste acordo representa uma parceria que integra diversas atividades, abordando simultaneamente a saúde e a cultura. Estamos comprometidos em não esquecer o que ocorreu durante a pandemia”, reforçou.
Além disso, o acordo servirá para desenvolver outras ações conjuntas de saúde e cultura, que vão contribuir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030, além da qualidade de vida da população e a garantia dos direitos aos grupos mais vulnerabilizados.
“A cultura desempenha um papel fundamental como ferramenta de transformação e melhoria da qualidade de vida. Estou muito feliz por assinar este acordo com a ministra Nísia. Perdemos mais de 700 mil pessoas que faleceram sozinhas em suas famílias devido à falta de um processo de atenção adequado”, lembrou Margareth Menezes.
As duas pastas vão somar forças para promover a saúde mental e a adoção de hábitos saudáveis, por meio de atividades culturais e da integração dos agentes de saúde e de cultura, como os Pontos de Cultura Viva e as redes de Atenção Psicossocial. O Ministério da Saúde terá ainda o suporte técnico da Cultura para elaborar editais voltados a projetos culturais, arquitetônicos e exposições.
Memória das vítimas
Além de um espaço para visitas, o memorial será um ambiente para trabalhar junto à comunidade temas como saúde, ciência, educação, cultura e meio ambiente, como um ato de reparação e memória pelas mais de 700 mil vidas perdidas durante a pandemia
A ideia é que o local seja um museu vivo e sempre tenha novidades. A previsão é que o memorial abrigue uma exposição de longa duração que relate todos os episódios marcantes da pandemia, desde as primeiras notícias ao lockdown, além dos estudos científicos para o conhecimento do vírus e a descoberta das primeiras vacinas.