Ministério da Saúde antecipa campanha de vacinação contra a gripe para março
Decisão ocorre devido à rápida circulação de vírus respiratórios no país
O Ministério da Saúde informou, nessa quarta-feira (28), que irá antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, a iniciativa terá início no dia 25 de março nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A expectativa é de que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.
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A decisão, segundo a pasta, ocorre em meio à antecipação e ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país, uma vez que os vírus circulam, geralmente, em maio, junho e julho.
"Desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população", explicou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel.
Para começar a campanha, o Ministério da Saúde negociou a entrega antecipada das vacinas, que estão previstas para serem distribuídas a partir do dia 20 de março para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já o Norte seguirá o calendário original, uma vez que recebeu a campanha de vacinação entre novembro e dezembro de 2023.
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Os vírus respiratórios podem infectar pessoas de todas as idades, mas tendem a causar quadros mais graves em idosos, gestantes, crianças menores de cinco anos e pessoas com doenças crônicas.
A vacina utilizada na campanha de imunização contra a gripe é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, e pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Podem se vacinar:
- Crianças de seis meses a menores de seis anos;
- Crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).