Hospital no Rio de Janeiro capacita profissionais para atendimento em libras
Além do HEAT, o curso de Libras também está sendo ministrado na UPA Colubandê, em São Gonçalo, e no Hospital Estadual João Batista Cáffaro, em Itaboraí
Léo Sant'anna
O Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), localizado em São Gonçalo, Rio de Janeiro, tornou-se referência em inclusão ao capacitar sua equipe para atender pacientes surdos. A primeira turma de funcionários, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e até recepcionistas, concluiu o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), permitindo uma comunicação mais eficaz com pacientes que utilizam a língua de sinais.
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Elson, um dos pacientes atendidos no hospital, perdeu a audição aos seis anos devido à meningite e, recentemente, sofreu um grave acidente de moto. Atualmente internado, ele conta com o auxílio de Magna, enfermeira e intérprete de Libras, que tem sido essencial para a comunicação durante o tratamento.
"Quando acordei após a cirurgia, a equipe médica não entendia o que eu falava. Agora, com Magna, a comunicação ficou muito mais fácil", relata Elson.
A iniciativa é um passo importante para melhorar a qualidade do atendimento médico a pessoas surdas, um público que, muitas vezes, enfrenta dificuldades para se comunicar em ambientes hospitalares. A capacitação da equipe do HEAT é um exemplo de inclusão, garantindo que os pacientes possam ser atendidos de forma eficaz e sem barreiras de comunicação.
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Além do HEAT, o curso de Libras também está sendo ministrado na UPA Colubandê, em São Gonçalo, e no Hospital Estadual João Batista Cáffaro, em Itaboraí. A meta da Secretaria de Estado de Saúde é expandir essa capacitação para todas as unidades de saúde da rede estadual, garantindo que o atendimento a pessoas com deficiência auditiva se torne um padrão em breve.
A professora de Libras, Gleice, destaca a importância de capacitar profissionais de todas as áreas da saúde.
"A comunicação em Libras pode significar a diferença entre um diagnóstico preciso e um atendimento inadequado", afirma.
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A presença da Língua Brasileira de Sinais no cotidiano do hospital é uma ferramenta que não só facilita o tratamento, mas também humaniza o atendimento, como exemplificado pela relação de Elson com sua equipe de cuidados.
A mudança no Hospital Estadual Alberto Torres é mais do que uma simples capacitação. Trata-se de um avanço significativo no atendimento inclusivo no sistema público de saúde, uma iniciativa que promete melhorar a evolução dos pacientes surdos e garantir a igualdade no acesso à saúde para todos.