Hospitais de Porto Alegre enfrentam superlotação e restringem atendimentos nas emergências
Há instituições atendendo três vezes mais pacientes do que a capacidade das emergências

Guilherme Rockett
Hospitais de Porto Alegre operam com superlotação e restringem atendimentos nas emergências. No Hospital São Lucas da PUCRS, a ocupação da emergência SUS chegou a 340% nesta quarta-feira (21). A instituição atende apenas casos com risco de vida. A situação se repete em outras unidades da capital gaúcha, pressionadas pelo aumento de síndromes respiratórias e pela demanda de pacientes de outros municípios.
A Santa Casa registra 314% de ocupação nos leitos emergenciais adultos e 138% na emergência pediátrica. No Hospital de Clínicas, a taxa é de 291% entre adultos e 186% na pediatria. O Hospital Ernesto Dornelles também limitou atendimentos na emergência clínica a casos graves, embora não tenha informado a taxa de ocupação.
Diante do cenário, o governo do Estado decretou emergência em saúde pública na segunda-feira (19), com validade de 120 dias. A medida busca reforçar ações de prevenção e enfrentamento à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças e idosos.
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Mais de 4 mil pessoas já foram internadas por SRAG no Estado neste ano, com 316 mortes confirmadas. O governo monitora a situação e orienta que pacientes com sintomas leves procurem Unidades Básicas de Saúde ou UPAs, a fim de evitar sobrecarga nas emergências hospitalares.