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Saúde

Flacidez na menopausa: tratamentos não-invasivos para recuperar a firmeza da pele

Como a dermatologia moderna pode ajudar mulheres a enfrentar as mudanças da pele durante essa fase da vida das mulheres

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Flacidez aumenta na menopausa, mas há tratamentos para ajudar. | Jonathan Borba/Unsplash
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É bastante comum vermos a queixa de flacidez na pele piorar na menopausa. Isso ocorre devido às mudanças hormonais do período, mais especificamente à queda nos níveis de estrogênio.

Na pele, o estrogênio estimula a produção de colágeno e elastina, que são proteínas responsáveis pela firmeza e elasticidade. Quando a produção do estrogênio cai, a formação dessas proteínas é reduzida, gerando perda de sustentação e tonicidade.

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Outros fatores contribuem para a perda de qualidade da pele nesse período. Ocorre uma redução na produção de oleosidade natural pelas glândulas sebáceas, o que compromete a hidratação e deixa a pele mais seca. Há também o afinamento da derme e a perda de gordura subcutânea, fazendo com que a pele perca espessura, gerando flacidez. Há ainda reabsorção óssea da estrutura facial, contribuindo para que o rosto ganhe o aspecto de estar "derretendo".

Tratamentos não-invasivos que podem ajudar

Embora a reposição hormonal seja uma opção interessante para algumas mulheres, nem todas podem recorrer a essa estratégia. Por isso, algumas opções de tratamentos dermatológicos não-invasivos podem ajudar a estimular o colágeno, melhorar a elasticidade e dar um aspecto mais firme à pele. Todos esses procedimentos podem ser realizados tanto no rosto quanto no corpo. Alguns exemplos incluem:

1. Ultrassom microfocado: o famoso “Ultraformer” usa ondas de ultrassom para estimular o colágeno e aumentar a densidade da pele, além de ajudar a melhorar o contorno do rosto e do pescoço. Pode ser usado também no corpo, em áreas de flacidez como abdômen, braços e joelhos. É um procedimento relativamente tranquilo, que não exige tempo de recuperação;

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2. Bioestimuladores de colágeno injetáveis: entre eles – o Sculptra (ácido polilático) ou Radiesse (hidroxiapatita de cálcio) – são substâncias injetadas na pele para estimular a produção de colágeno, sem mudar as características naturais do rosto da paciente;

3. Lasers fracionados não ablativos: estimulam a renovação celular e a produção de colágeno sem danificar a superfície da pele, ou seja, sem causar descamação ou formar crostas;

4. Radiofrequência monopolar: trata-se de uma tecnologia antiga que foi aprimorada e voltou a ganhar destaque, com aparelhos como o Volnewmer. A radiofrequência emite ondas de calor para as camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno e elastina. É um procedimento indolor e que também não exige tempo de recuperação;

5. Microagulhamento: promove a criação de microlesões controladas na pele, desencadeando a regeneração e a produção de colágeno. Pode ser utilizado para a entrega profunda de ativos tópicos clareadores ou para rejuvenescimento;

6. Radiofrequência microagulhada: combina as duas tecnologias acima, como no aparelho Morpheus, tratando a profundidade e a superfície da pele numa única sessão.

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Cuidados diários para manter a pele firme

Como há uma grande diversidade de tratamentos, um dermatologista é sempre o melhor profissional para indicar ao paciente um plano de cuidado personalizado e os procedimentos mais adequados.

Além dos tratamentos, vale sempre relembrar cuidados diários e de estilo de vida que ajudam a prevenir a piora da flacidez e a melhorar a aparência da pele:

1. Uso diário de protetor solar: os raios UV promovem a elastose solar, que é a degradação das fibras de colágeno. Por isso, é necessário o uso diário de protetor com FPS 50 ou mais;

2. Skincare adequado: uso de hidratantes para manter a barreira cutânea saudável e inclusão de ativos antioxidantes, como vitamina C e peptídeos, clareadores para manchas e retinoides para melhorar a qualidade da pele e linhas finas;

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3. Boa alimentação: é importante garantir o consumo adequado de proteínas, essenciais para a produção de colágeno, e de alimentos como frutas vermelhas, castanhas, abacate e vegetais verdes, que combatem os radicais livres. Suplementos com colágeno hidrolisado também podem ser aliados, principalmente para quem tem dificuldade em consumir proteínas na quantidade ideal;

4. Hidratação: beber pelo menos 2 litros de água por dia ajuda a manter a pele saudável;

5. Exercício físico: exercícios de resistência, como a musculação, ajudam a manter a tonicidade muscular e a evitar flacidez corporal. Além disso, são essenciais para a longevidade.

6. Evitar hábitos prejudiciais: é importante reduzir o consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados, que aceleram o envelhecimento da pele. Fumar também deve ser evitado, pois o cigarro destrói o colágeno e compromete a circulação sanguínea, deixando a pele com mais rugas e menos viço;

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O aumento da flacidez na menopausa é um processo natural do envelhecimento, mas, com os cuidados certos e a ajuda dos tratamentos dermatológicos, é possível manter a pele mais saudável e firme.

*Bianca Spina Papaleo (CRM 216920 / RQE 125876) e Nuno Osório (CRM 56771) são dermatologistas

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