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Saúde

Fiocruz indica que vacina BCG é ineficaz quando aplicada em adultos

Segundo uma pesquisa conduzida pela fundação, o imunizante é mais eficaz quando aplicado em crianças de até 5 anos

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Pesquisadores brasileiros testam vacina BCG contra a Covid-19
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A vacina BCG é mais eficaz para prevenir formas graves da tuberculose quando aplicada até os cinco anos de idade, é o que revela um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a pesquisa, publicada na revista britânica The Lancet - Infectious Diseases, o imunizante é ineficaz quando aplicado em adultos contra a infecção inicial pelo vírus Mycobacterium tuberculosis, causador da doença.

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Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho, Julio Croda, Margareth Dalcolmo e Marcus Lacerda analisaram dados somente de brasileiros nas cidades de Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ). O levantamento faz parte do ensaio clínico Brace, com BCG randomizado, em que os participantes foram escolhidos de forma aleatória. O objetivo foi avaliar a eficácia da vacina em trabalhadores de saúde contra a covid-19.

O estudo foi financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e abrangeu cinco países: Brasil, Holanda, Espanha, Austrália e Reino Unido. Em entrevista concedida a Agência Brasil, o pesquisador Julio Croda explicou que o estudo analisou se a revacinação com BCG iria proteger trabalhadores de saúde de infecções por tuberculose. A conclusão foi que a revacinação em adultos não é recomendada. Os estudiosos conseguiram concluir que existe uma necessidade de que sejam desenvolvidas novas vacinas em todo o mundo contra a tuberculose.

Em junho do ano passado, a Fiocruz assinou um acordo com a Fundação Ataulfo de Paiva (FAP), para tentar viabilizar a retomada da produção nacional de vacinas BCG. O termo de manutenção e apoio à fundação busca recuperar a capacidade e condições de operação da FAP, para que ela possa voltar a produzir o imunizante.

A FAP é uma instituição privada localizada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, e era o único laboratório brasileiro que produzia a vacina. No entanto, interrompeu sua produção há mais de dois anos, depois de ter sido interditado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério da Saúde tem importado o imunizante para garantir o abastecimento do país com a BCG, vacina que protege contra a tuberculose.

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