Saúde

Depressão é uma das doenças que mais afetam os idosos no Brasil; isolamento e luto estão entre as causas

Estudo do IBGE mostra aumento nos casos da doença em pessoas acima de 60 anos; especialistas alertam para prevenção e acolhimento

Imagem da noticia Depressão é uma das doenças que mais afetam os idosos no Brasil; isolamento e luto estão entre as causas
Publicidade

A depressão é uma das doenças que mais afetam os idosos no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa faixa etária é uma das mais vulneráveis aos transtornos mentais — e o isolamento social é um dos principais fatores de risco.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, cerca de 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos relatam diagnóstico de depressão. Nas faixas etárias mais altas, a prevalência ainda é significativa: 11,8% entre 65 e 74 anos e 10,2% acima dos 75.

+Solidão na velhice aumenta em 31% risco de desenvolver demência, diz estudo

O levantamento mostra que esses números cresceram pelo menos dois pontos percentuais desde 2013, o que indica que mais idosos vêm reconhecendo e relatando os sintomas da doença. Em muitos casos, os sinais da depressão podem ser confundidos com o próprio processo de envelhecimento — como cansaço, apatia e perda de apetite.

A psicóloga Cíntia Ullmann explica que "são quadros de tristeza profunda, desânimo, choro frequente e falta de vontade de realizar atividades básicas do dia a dia". Ela alerta que a família precisa estar atenta a mudanças de comportamento, pois o tratamento precoce é essencial para evitar o agravamento do quadro.

+Tristeza ou depressão? Como diferenciar os sintomas e buscar ajuda no momento certo

Psicólogos e especialistas defendem que o estímulo à socialização é uma das estratégias mais eficazes para prevenir a depressão na terceira idade. Em Porto Alegre, um lar de idosos implantou um programa de saúde mental e convivência com atividades em grupo, acompanhamento psicológico e oficinas de lazer.

A psicóloga Darcila do Vale, coordenadora do local, conta que "idosos antes apáticos e isolados passaram a participar de atividades e fazer novas amizades". O exemplo da dona Lorena, de 86 anos, mostra os resultados positivos desse tipo de trabalho. Depois da morte do marido, ela se sentiu sozinha — mas hoje vive com tranquilidade e diz que “aprendeu a viver bem o presente”.

Publicidade

Assuntos relacionados

Idosos
Depressão
Luto
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade