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Saúde

Crescem as denúncias contra profissionais que não são médicos e realizam procedimentos arriscados

Em 2024, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) recebeu 209 queixas, superando as 168 do ano anterior

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O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou novos dados sobre o aumento das denúncias contra profissionais que não são médicos, mas realizam procedimentos estéticos e de saúde sem a formação adequada. Em 2024, até agora, o órgão recebeu 209 queixas, superando as 168 do ano anterior.

Priscila Catrinacho, gerente de marketing, foi uma das vítimas. Após passar por um preenchimento labial feito por uma enfermeira, ela sofreu necrose no lábio. "A profissional atingiu uma artéria importante e injetou uma grande quantidade de produto, o que causou um grave problema vascular", contou Priscila.

A maioria das denúncias está relacionada a procedimentos estéticos. De acordo com Angelo Vattimo, presidente do Cremesp, muitos pacientes subestimam a gravidade de tais procedimentos, o que aumenta os riscos. “A pessoa acha que é uma coisa simples, mas complicações podem ser monstruosas”, alertou Vattimo.

Além de enfermeiros, as denúncias envolvem farmacêuticos, biomédicos, esteticistas e até influenciadores. Em junho deste ano, Henrique Chagas, de 27 anos, morreu após um peeling de fenol aplicado por uma influenciadora. O laudo concluiu que Henrique sofreu um edema pulmonar agudo causado pela inalação da substância. A responsável pelo procedimento foi acusada de homicídio qualificado.

Priscila se considera sortuda por ter tido uma segunda chance e agora é mais cautelosa com suas escolhas. “Eu não fazia ideia de quão sério era o procedimento. É fundamental buscar um profissional qualificado, um médico, que saiba o que está fazendo”, alertou.

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