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Saúde

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue

Número é o maior desde o início da série história, em 2000; na cidade de São Paulo, todos os 96 bairros do município enfrentam epidemia de dengue

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No Brasil foram emitidos 407 decretos municipais e 11 estaduais de emergência por causa da dengue | Pixabay
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Já são 4 milhões de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Os dados são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizados nesta segunda-feira (29). O país registrou 4.127.571 casos nas primeiras dezesseis semanas deste ano, uma taxa inédita.

Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de casos prováveis aconteceu em 2015, com 1.688.688. Já o terceiro ano com maior número foi 2023, com 1.658.816.

No mesmo período do ano passado, o Brasil tinha 902.174 casos. Além disso, até o momento, 1.937 mortes pela doença foram confirmadas desde janeiro e 2.345 seguem em investigação. Em 2023, foram 620 óbitos entre as semanas 01 e 16.

Veja o número de casos de dengue - série histórica:

  • 2017 - 239.389
  • 2018 - 262.594
  • 2021 - 531.922
  • 2014 - 589.107
  • 2012 - 589.591
  • 2011 - 739.370
  • 2020 - 948.533
  • 2010 - 1.011.548
  • 2022 - 1.420.259
  • 2013 - 1.454.871
  • 2016 - 1.483.623
  • 2019 - 1.545.462
  • 2023 - 1.658.816
  • 2015 - 1.688.688

A partir dos dados referentes a exames laboratoriais realizados para identificar a dengue, o Ministério também mapeou quais são os sorotipos do vírus com maior circulação no país.

A dengue do sorotipo 1 é a mais presente no Brasil e foi registrada em todos os estados. O sorotipo 2 aparece em seguida, em 24 estados e no Distrito Federal.

Há a circulação simultânea dos quatro sorotipos de dengue no território nacional, mas somente Minas Gerais registrou, até o momento, a presença de todos os sorotipos simultaneamente. O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.

Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.

Entre os estados com mais casos prováveis e confirmados, estão Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul.

Dengue é considerada epidemia em São Paulo

Na cidade de São Paulo, os casos de dengue seguem crescendo. De acordo com boletim divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (29), todos os 96 bairros do município enfrentam epidemia da doença.

Os dados são atualizados toda segunda-feira pela Secretaria Municipal da Saúde. No início de fevereiro, a cidade registrava seis bairros epidêmicos. Na semana passada, apenas dois não estavam em situação de alerta.

Para configurar situação de epidemia, o número de casos confirmados por 100 mil habitantes deve superar os 300. O maior índice foi registrado Vila Jaguara, na Zona Oeste, com 10598,1 casos a cada 100 mil pessoas.

Segundo dados do painel de monitoramento da doença, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), os casos na capital somam os 249.965, 30% do total do estado.

Em todo o Estado, foram registradas 465 mortes por dengue. 710 óbitos estão em processo de investigação.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que está intensificando as ações de combate ao mosquito da dengue, que acontecem de domingo a domingo na capital, incluindo o aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de dois mil para 12 mil. Somente neste ano, foram realizadas mais de 5,3 milhões de ações de combate ao Aedes aegypti na capital, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios de criadouros e nebulizações.

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