Vacinação contra a dengue pode levar até 8 anos para reduzir transmissão
Brasil é o país do continente que mais conta com doses disponíveis para a população
A estratégia de vacinação para combater a dengue pode levar até oito anos para reduzir a transmissão da doença em meio a epidemias como a enfrentada atualmente nas Américas. É o que explicou o diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa. A fala leva em consideração o tempo de ação da vacina na população, já que o imunizante disponível até o momento necessita de duas aplicações.
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“A vacina não é uma ferramenta para controlar a transmissão neste momento”, detalhou. “A grande ferramenta de controle da transmissão da dengue segue sendo a eliminação dos criadouros do mosquito”.
O diretor-geral ainda considerou a capacidade de produção do laboratório japonês Tateka, responsável pela produção da vacina Qdenga. Atualmente, o Brasil é o país do continente que mais conta com doses disponíveis para a população em termos absolutos, segundo Jarbas.
Ele ainda ressaltou a importância do monitoramento dos sistemas de saúde no continente americano, pois a vacina foi recentemente aprovada por órgãos reguladores. Barbosa apontou que as informações sobre a eficácia do imunizante contra o sorotipo 3 do vírus da dengue são escassas, uma vez que os dados foram coletados em um momento de baixa prevalência.
Além disso, Barbosa mencionou os progressos alcançados pela vacina contra a dengue em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, atualmente na terceira fase de testes clínicos. Ele acredita que esse imunizante, administrado em uma única dose, tem o potencial de fazer uma diferença significativa em situações onde a transmissão da doença é rápida, como no Brasil. Contudo, ela “provavelmente, só estará disponível em 2025”, comentou.
Com informações da Agência Brasil.