Brasil chega a 945 casos de Mpox em 2024 e ultrapassa marca de 2023
Ministério da Saúde registrou mais 109 infecções da doença apenas na última semana
Camila Stucaluc
O Ministério da Saúde informou, na noite de terça-feira (3), que o Brasil registrou mais 109 casos confirmados ou prováveis de Mpox (antiga varíola dos macacos) na última semana. Com o número, o total de infecções contabilizadas em 2024 subiu para 945, superando os casos registrados em todo o ano de 2023 – 853.
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Atualmente, a região Sudeste é a mais afetada pela doença, concentrando 763 casos (80,7% do total de infecções no país). Segundo a pasta, tal número é liderado pelo estado de São Paulo, que contabiliza 487 casos (51,5%), seguido do Rio de Janeiro (216 – 22,9%), de Minas Gerais (52 – 5,5%) e da Bahia (39 – 4,1%).
Assim como relatado nos boletins anteriores, o perfil dos casos confirmados e prováveis é de pessoas do sexo masculino (897 do total de infecções) na faixa etária de 18 a 39 anos (679). Por enquanto, não foram registrados óbitos da doença este ano, apenas 69 hospitalizações e cinco internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto. A decisão levou em conta o alto número de casos confirmados em mais de 12 países e a disseminação de uma nova forma do vírus.
O que é a Mpox?
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.
Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.
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De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.