Saúde
Pesquisadores conseguem bloquear ação do zika vírus em camundongos
Duas drogas experimentais surtiram efeito em impedir a replicação viral nos animais e serão testadas no combate ao novo coronavírus
SBT News
• Atualizado em
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Um estudo conduzido por pesquisadores do Brasil, Argentina e Estados Unidos com camundongos aponta que drogas experimentais conseguiram impedir o zika vírus de provocar microcefalia nos fetos dos animais. O trabalho foi publicado integralmente, nesta segunda-feira (20), na revista Nature Neruroscience.
Ao entrar no organismo, o zika vírus atinge uma molécula chamada AHR e, assim, não deixa o sistema imunológico agir para interromper a reprodução do patógeno, que ocorre com facilidade. Porém, duas drogas testadas pelos pesquisadores surtiram efeito em parar a replicação viral.
Integrante do estudo, o professor de imunologia da Universidade de São Paulo (USP) Jean Peron explica que, após a aplicação das substâncias, "nós encontramos muito pouco vírus zika na placenta, encontramos pouco no cérebro do feto, nos olhos do feto e, quando a gente faz uma análise mais macroscópica, a gente percebeu que o tamamanho fetal, o peso fetal, as medidas craneoencefálicas estavam preservadas".
+ Covid-19: duas novas vacinas serão testadas no Brasil
Os pesquisadores aguardam patrocínio agora para realizar testes em macacos também e, por fim, em humanos. Eles ainda não sabem quanto tempo após o contágio da fêmea os medicamentos poderiam evitar a contaminação do feto.
Para seres humanos, o zika vírus, que pode causar danos neurológicos, é transmíssivel por meio de picada do mosquisto Aedes Aegypti, relações sexuais com pessoas infectadas e pela gravidez, quando a mãe passa para o feto. Um surto de zika atingiu o Brasil entre 2015 e 2016 e dados do Ministério da Saúde mostram que, de 29 de dezembro de 2019 a 23 de maio de 2020, o país registrou 3.692 casos prováveis da doença.
As drogas utilizadas no estudo não estão disponíveis no mercado. Os pesquisadores pretendem utilizá-las na tentativa de combater o novo coronavírus também. As culturas celulares com o causador da Covid-19 já começaram.
Ao entrar no organismo, o zika vírus atinge uma molécula chamada AHR e, assim, não deixa o sistema imunológico agir para interromper a reprodução do patógeno, que ocorre com facilidade. Porém, duas drogas testadas pelos pesquisadores surtiram efeito em parar a replicação viral.
Integrante do estudo, o professor de imunologia da Universidade de São Paulo (USP) Jean Peron explica que, após a aplicação das substâncias, "nós encontramos muito pouco vírus zika na placenta, encontramos pouco no cérebro do feto, nos olhos do feto e, quando a gente faz uma análise mais macroscópica, a gente percebeu que o tamamanho fetal, o peso fetal, as medidas craneoencefálicas estavam preservadas".
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Para seres humanos, o zika vírus, que pode causar danos neurológicos, é transmíssivel por meio de picada do mosquisto Aedes Aegypti, relações sexuais com pessoas infectadas e pela gravidez, quando a mãe passa para o feto. Um surto de zika atingiu o Brasil entre 2015 e 2016 e dados do Ministério da Saúde mostram que, de 29 de dezembro de 2019 a 23 de maio de 2020, o país registrou 3.692 casos prováveis da doença.
As drogas utilizadas no estudo não estão disponíveis no mercado. Os pesquisadores pretendem utilizá-las na tentativa de combater o novo coronavírus também. As culturas celulares com o causador da Covid-19 já começaram.
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