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EUA classificam maior facção criminosa da Colômbia como organização terrorista

Decisão amplia sanções e autoriza uso de mecanismos mais rígidos contra grupo ligado ao narcotráfico e à violência na Colômbia

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O presidente dos EUA, Donald Trump | Daniel Torok/Official White House Photo

Os Estados Unidos classificaram uma gangue da Colômbia como organização terrorista, em uma decisão que amplia o alcance das ações de combate ao crime transnacional e ao narcotráfico na região. O anúncio foi feito pelo governo americano e passa a enquadrar o grupo, conhecido como Clan del Golfo, nos mesmos moldes legais aplicados a organizações terroristas internacionais.

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Segundo autoridades dos EUA, a medida permite o uso de instrumentos mais rígidos de repressão, como sanções financeiras, bloqueio de bens, restrições a transações internacionais e punições mais severas a pessoas ou empresas que mantenham qualquer tipo de vínculo com a organização. A justificativa é que o grupo atua de forma sistemática com violência extrema, tráfico de drogas, extorsão e controle territorial, afetando a segurança não apenas da Colômbia, mas de países vizinhos e do próprio território americano.

Em nota oficial, o governo do presidente Donald Trump afirmou que o grupo, é uma organização criminosa “violenta e poderosa”, com milhares de integrantes. Segundo o comunicado, a principal fonte de renda do grupo é o tráfico de cocaína, utilizado para financiar ações armadas. Washington também atribui à facção a autoria de ataques classificados como terroristas contra autoridades públicas, policiais, militares e civis colombianos, argumento central para a inclusão do grupo na lista de organizações terroristas.

A classificação também facilita a cooperação entre agências de segurança e inteligência dos Estados Unidos e da Colômbia, além de permitir maior coordenação com aliados internacionais. Para o governo americano, o crime organizado na América Latina deixou de ser apenas um problema policial e passou a representar uma ameaça direta à segurança nacional.

Na Colômbia, o grupo é apontado como responsável por assassinatos, deslocamento forçado de comunidades, recrutamento de jovens e disputas armadas por rotas do tráfico. As autoridades locais afirmam que a decisão dos EUA reforça o combate às facções criminosas, mas também eleva a pressão sobre o governo colombiano para intensificar operações contra essas estruturas.

A medida, no entanto, também gera debate sobre possíveis impactos diplomáticos e sobre o risco de ampliar tensões internas na Colômbia.

Com a nova classificação, integrantes do grupo passam a ser alvos prioritários das autoridades americanas, e qualquer apoio material ou financeiro à organização pode ser tratado como crime de terrorismo, inclusive fora da América Latina.

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