Hidroxicloroquina piora estado de saúde de pacientes com Covid-19, diz Oxford
Estudo comparou grupo que utilizou o medicamento na tentativa de combater a doença com outro que seguiu tratamento padrão
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Novos dados do estudo apoiado pela Universidade de Oxford que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a suspender os testes com hidroxicloroquina pela segunda vez apontam que o medicamento não só é ineficiente para combater a Covid-19, como também piora o estado de saúde daqueles que o utilizam na tentativa de se recuperar da doença. Os resultados completos do trabalho, que ainda dependem de revisão por pares, foram publicados na plataforma para artigos científicos medRxiv, nesta quarta-feira (15).
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No total, 1.561 pacientes foram submetidos a um tratamento com hidroxicloroquina e comparados com outros 3.155 que não utilizaram o medicamento para se tratar. Em 28 dias, 418 (26,8%) pessoas do primeiro grupo e 788 (25%) do segundo morreram. Segundo os pesquisadores, "nos pacientes hospitalizados com Covid-19, a hidroxicloroquina não foi associada a reduções na mortalidade em 28 dias, mas foi associada a um aumento do tempo de internação e aumento do risco de progredir para ventilação mecânica invasiva ou morte".
Esses testes clínicos com hidroxicloroquina apoiados pela Universidade de Oxford terminaram no início de junho. Eles fizeram parte de um programa maior da instituição de ensino, denominado Recovery, que busca métodos eficazes de tratar pessoas hospitalizadas com suspeita ou diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Apesar de os resultados mostrarem que o medicamento não é eficaz em pacientes hospitalizados, os pesquisadores afirmam ainda que o estudo não contemplou o uso preventivo ou em pessoas com Covid-19 que não dependiam de internação.
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