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Saúde

Saiba quando a constipação intestinal pode ser um problema

Embora, na maioria das vezes, esteja associado a causas funcionais, o sintoma também pode ser o primeiro sinal de doenças graves

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Segundo os critérios de Roma IV, a constipação funcional crônica é caracterizada por sintomas como esforço para evacuar | Freepik
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A constipação intestinal é uma queixa frequente nos consultórios médicos, atingindo de 12% a 19% da população, principalmente mulheres e idosos. Embora, na maioria das vezes, esteja associada a causas funcionais, o sintoma também pode ser o primeiro sinal de doenças graves.

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Especialistas destacam que reconhecer o que é considerado normal e identificar sinais de alerta são passos essenciais para um diagnóstico seguro. O hábito intestinal pode variar bastante entre as pessoas. É fisiológico evacuar de três vezes ao dia até três vezes por semana, desde que não haja dor, esforço excessivo ou sensação de evacuação incompleta.

Critérios clínicos

Segundo os critérios de Roma IV, a constipação funcional crônica é caracterizada por sintomas como esforço para evacuar, fezes endurecidas, evacuação incompleta, sensação de obstrução ou necessidade de manobras digitais. A frequência inferior a três evacuações semanais por pelo menos três meses também entra nesse diagnóstico, desde que não haja causas estruturais envolvidas.

O que influencia o funcionamento do intestino

Diversos fatores podem interferir no trânsito intestinal. Entre eles:

  • Alimentação: baixa ingestão de fibras (menos de 25 a 30 g/dia) e pouca hidratação dificultam a formação e eliminação do bolo fecal.
  • Saúde mental: ansiedade, estresse e depressão alteram a motilidade intestinal por meio do eixo intestino-cérebro.
  • Doenças crônicas: hipotireoidismo, diabetes com neuropatia, gestação e hipercalcemia reduzem o peristaltismo.
  • Medicamentos: opióides, antidepressivos tricíclicos, suplementos de ferro, antagonistas do cálcio e antiácidos com alumínio estão entre as causas comuns.

Quando investigar com urgência

Apesar de ser, na maioria dos casos, um distúrbio funcional, alguns sinais exigem atenção médica imediata. São eles: presença de sangue nas fezes, perda de peso sem explicação, anemia ferropriva, dor abdominal persistente, mudança repentina do hábito intestinal (especialmente após os 50 anos) e alteração no formato das fezes.

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O histórico familiar de câncer colorretal, pólipos avançados ou doenças inflamatórias intestinais também aumenta o risco e pode indicar a necessidade de exames como a colonoscopia.

Abordagem e tratamento

Na ausência de sinais de alarme, médicos recomendam mudanças simples no estilo de vida: dieta rica em fibras, aumento da ingestão de líquidos, prática regular de atividade física e avaliação dos medicamentos em uso. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de laxativos sob orientação médica.

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Quadros persistentes ou de difícil controle devem ser encaminhados ao coloproctologista. A fisioterapia pélvica e o biofeedback são opções eficazes em disfunções evacuadoras.

Especialistas reforçam que a constipação intestinal tem múltiplas causas e exige avaliação individualizada. O reconhecimento precoce dos sinais de alerta é fundamental para evitar complicações e garantir qualidade de vida. *Dr. Antonio Couceiro Lopes é especialista em cirurgia do aparelho digestivo - CRM 100.656 / SP - RQE 26013

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