Médico de Bolsonaro diz que equipe ainda avalia fazer procedimento para interromper crise de soluços
Claudio Birolini explicou que cirurgia de hérnia marcada para quinta (25) não soluciona problema

Jessica Cardoso
O médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Claudio Birolini, afirmou nesta quarta-feira (24) que a equipe médica ainda avalia a realização de um procedimento específico para tentar interromper as crises de soluços apresentadas pelo ex-mandatário, mas destacou que a decisão só será tomada após nova reavaliação clínica durante a internação.
Segundo Birolini, a cirurgia de hérnia inguinal bilateral, marcada para esta quinta-feira (25), não tem efeito sobre o quadro de soluços.
"A cirurgia da hérnia não vai atuar nas crises de soluço. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", disse a jornalistas.
Birolini disse que o procedimento avaliado é um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável pelo movimento do diafragma.
Ele também explicou que se trata de uma intervenção não cirúrgica, "relativamente segura", mas que "não é o padrão para o tratamento de soluço". Segundo o médico, a decisão definitiva só será tomada após a operação de hérnia.
"Não serão feitos simultaneamente [a cirurgia e o bloqueio]. Se levarmos adiante esse procedimento de bloqueio anestésico, vai ser feito, possivelmente, no início da semana", afirmou.
Bolsonaro, de 70 anos, foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, na manhã desta quarta (24). Preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal (PF), após condenação por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente passará pela oitava cirurgia desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.









