Política

Sem acordo sobre dívida, RS apresenta pedidos de R$ 2,2 bilhões à União

Propostas foram apresentadas em audiência com o STF, nesta terça-feira (13)

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Foto: Fellipe Sampaio/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou, nesta terça-feira (13), uma audiência de conciliação sobre a dívida do Rio Grande do Sul com o governo federal, que está em cerca de R$ 100 bilhões.

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No encontro, o impasse do pagamento do débito permaneceu sem solução. A dívida foi suspensa por três anos, em razão das enchentes no estado, mas ainda é discutida, para que se chegue a um acordo antes do fim do período.

Em meio à falta de consenso sobre o tema, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou à União duas propostas de acertos sobre a compensação previdenciária de servidores e o cálculo de um precatório que o governo federal deve ao RS.

Caso sejam aceitas pela União, as proposições levadas à mesa de negociação por Eduardo Leite podem render R$ 2,2 bilhões aos cofres públicos gaúchos, segundo o governador.

“O estado tem administrativamente já as demandas para a União de cerca de R$ 1 bilhão de compensação previdenciária de servidores que se tornaram servidores estaduais. Eles estão sendo pagos pelos pelo estado, mas a receita das contribuições previdenciárias ficou com o governo e precisa ser repassada ao Rio Grande do Sul”, disse Leite, em coletiva após a reunião.

“Tratamos também sobre um precatório existente por parte da União, junto ao estado, que é da imunidade tributária da nossa companhia de saneamento. Embora nós tenhamos privatizado a companhia de saneamento, no processo de privatização nós deixamos este precatório como um ativo para o estado e o governo tem discutido o valor na liquidação”, acrescentou o governador.

Além de Eduardo Leite, participaram do encontro o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio Grande do Sul (OAB-RS), Leonardo Lamachia, o ministro Luiz Fux, do STF, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, que representou o governo federal.

Messias disse que o Executivo nacional vai estudar a proposta e “apresentar oportunamente” uma resposta ao governo gaúcho. “Há uma compreensão de tentarmos encaminhar essas questões”, afirmou ele.

Dívidas

Sobre a dívida do RS com a União, que seria o motivo para a audiência no STF, Leite admitiu que as negociações estão paradas e afirmou que deve chegar a um acordo somente "em um segundo momento". “O tema de fundo da ação, a questão da dívida, sim, está parado. A discussão sobre as coisas que estão elencadas na petição da OAB-RS, do que já foi pago, do que não deveria ter sido cobrado. Esses temas estão para um segundo momento, em uma análise mais profunda da ação”, disse ele.

Em paralelo às tratativas diretas entre a União e os estados e às mediações do STF, o Congresso tem debatido o tema, com especial atenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador informou que pretende votar, ainda nesta semana, a proposta de repactuação dos valores devidos pelos estados ao governo federal.

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