Sarrubbo defende PEC da Segurança e diz que medida não reduz autonomia dos estados
Secretário afirma que integração nacional evitaria avanço de facções e critica falta de coordenação entre estados nas últimas décadas

Vicklin Moraes
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, defendeu nesta sexta-feira (31) a PEC da Segurança Pública e afirmou que a proposta não retira a autonomia dos estados.
A medida, enviada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018 por lei ordinária, e fortalecer a integração entre União, estados e municípios para formulação e execução de políticas de segurança.
Segundo Sarrubbo, a mudança não interfere nas competências estaduais. “A proposta não muda uma vírgula na autonomia dos estados e, claro, também dos municípios, no campo da segurança. Não mexe em nada”, disse.
Ele argumentou que a falta de articulação nacional no passado contribuiu para a expansão das organizações criminosas pelo país.
“O que nós queremos é ter um olhar de segurança para o Brasil. Se nós tivéssemos um olhar de segurança para o Brasil lá na década de 80, na década de 90, não teríamos permitido que o crime organizado se espalhasse por todo o país. Talvez não permitíssemos que ele se associasse ao resto da América Latina. Porque o Rio de Janeiro ficou lá cuidando da facção deles, nós ficamos aqui em São Paulo cuidando da nossa facção, e não pensamos no Brasil”, afirmou.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva após reunião com prefeitos, secretários municipais e integrantes das Guardas Civis Municipais, promovida pelo Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioeste), que reuniu 14 municípios, incluindo a capital.
Após o evento, Sarrubbo reforçou, em entrevista ao SBT, que uma operação policial de sucesso é aquela que não resulta em mortes e que termina com criminosos presos e entregues ao sistema judicial com vida.
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