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Política

Presidente da CPMI do INSS diz ser "urgente" convocar irmão de Lula; sindicato dele foi alvo da PF

Comissão ouviu nesta quinta (9) presidente do Sindnapi, que tem Frei Chico como vice; Milton Baptista de Souza Filho permaneceu em silêncio

Imagem da noticia Presidente da CPMI do INSS diz ser "urgente" convocar irmão de Lula; sindicato dele foi alvo da PF
Senador Carlos Viana (Podemos-MG) | Divulgação/Carlos Moura/Agência Senado
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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse ser "urgente" a convocação de um dos irmãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, para depor na próxima quinta-feira (16).

Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), investigado pela comissão e alvo nesta quinta (9) de operação da Polícia Federal (PF).

+ Presidente de sindicato alega falta de condições psicológicas e mantém silêncio durante CPMI do INSS

"Eu entendo que é urgente que nós coloquemos em votação a convocação do chamado Frei Chico, irmão do presidente Lula, para que ele possa, inclusive, esclarecer os pontos que foram colocados ali e qual a participação, especialmente, nas decisões que foram tomadas", afirmou Viana a jornalistas.

O presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, esteve nesta quinta na CPMI do INSS e escolheu permanecer em silêncio durante depoimento. Ele está protegido por habeas corpus concedido pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

+ Presidente CPMI do INSS critica habeas corpus concedido por Dino a presidente do Sindnapi

A defesa de Milton afirmou que ele não tinha "condições psicológicas" para responder perguntas na CPMI, em razão da operação da PF contra o sindicato.

O Sindnapi disse estar surpreso com a força-tarefa da PF deflagrada hoje:

"Esclareça-se que os advogados não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados."

Operação da PF

A operação Sem Desconto, da Polícia Federal, investiga esquema nacional bilionário de descontos associativos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

+ "Quem debochou do Congresso agora sente peso da lei", diz presidente da CPMI do INSS sobre operação da PF

Em nova fase da força-tarefa, ação da PF deflagrada nesta quinta cumpriu 66 mandados de busca e apreensão em oito unidades da federação.

Leia nota do Sindnapi sobre operação da PF:

"O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), por meio de seus advogados, manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje em sua sede em São Paulo, bem como na casa de seu Presidente e alguns Diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federal em nova fase da 'Operação Sem Desconto'.

"Esclareça-se que os advogados não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados.

"A exemplo do procedimento adotado nas demais demandas judiciais, o SINDNAPI comprovará a lisura e legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados, garantindo-lhes a dignidade e respeito que são devidos."

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