Pedido de impeachment de Lula por citar Holocausto será protocolado nesta quarta-feira
Autora, Carla Zambelli (PL-SP) diz que irá apresentar oficialmente o texto após reunião com bancada evangélica e a frente católica
O pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcança 122 assinaturas e deve ser protocolado oficialmente na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (21). A previsão foi dada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que reúne assinaturas para o movimento.
+ Governo de Israel declara Lula "persona non grata" após comparação com Holocausto
A parlamentar também afirma que o movimento virá após uma reunião com a bancada evangélica e a Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana. Os grupos pressionam para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), paute o pedido que poderia tirar Lula do poder.
Até o momento, não há qualquer expectativa de que o pedido de impeachment avance no Congresso, mas a situação tem sido utilizada como um movimento da oposição para desgastar o governo.
Como argumento, o pedido afirma que Lula cometeu crime de responsabilidade em declarações a respeito de Israel e que houve ato de hostilidade contra outro país. A lista conta com nomes de parlamentares da base do governo na Câmara, entre representantes do União Brasil, PP, Republicanos e PSD. Juntas, as legendas reúnem 32 das 122 assinaturas de apoio.
O movimento de parte dos parlamentares se manteve mesmo após a adequação de representantes das siglas na Esplanada – no ano passado, Lula nomeou os deputados André Fufuca, do PP, para o ministério do Esporte, e Silvio Costa Filho, do Republicanos, para a pasta dos Portos e Aeroportos.
Na lista, constam parlamentares que mantêm oposição ao governo petista apesar dos partidos. Veja os nomes:
- Kim Kataguiri (União-SP)
- Alfredo Gaspar (União-AL)
- Rosangela Moro (União-SP)
- Nicoletti (União-RR)
- Cristiane Lopes (União-RO)
- Rodrigo Valadares (União-SE)
- Coronel Assis (União-MT)
- Coronel Ulysses (União-AC)
- Dayany Bittencourt (União-CE)
- Dr. Zacharias Calil (União-GO)
- Messias Donato (Republicanos-ES)
- Mariana Carvalho (Republicanos-MA)
- Roberto Duarte (Republicanos-AC)
- Sargento Fahur (PSD-PR)
- Reinhold Stephanes Jr (PSD-PR)
- Delegado Fabio Costa (PP-AL)
- Coronel Telhada (PP-SP)
- Clarissa Tercio (PP-PE)
- Evair Vieira de Melo (PP-ES)
- Dr. Fernando Maximo (União-RO)
- Dr Luiz Ovando (PP-MS)
- Afonso Hamm (PP-RS)
- Pedro Westphalen (PP-RS)
- Gerlen Diniz (PP-AC)
- Ana Paula Leão (PP-MG)
- Dilceu Sperafico (PP-PR)
- Vicentinho Júnior (PP-TO)
- Mendonça Filho (União-PE)
- Maurício Carvalho (União-RO)
- Franciane Bayer (Republicanos-RS)
- Fred Linhares (Republicanos-DF)
- Amaro Neto (Republicanos-ES)
O anúncio do pedido contou com discursos acalorados, em tom religioso e com críticas ao presidente Lula. Por outro lado, parlamentares da base criticaram o movimento. Ao SBT News, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a ação representa falta de assunto dos parlamentares críticos ao governo: “Demonstra uma falta de agenda que seja do interesse do país por parte da oposição. É algo que não tem nenhum fundamento na Constituição brasileira. Eu só posso quantificar como uma atitude de desespero e ridícula”.
