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Padilha cita Emicida para responder críticas de Lira: "Rancor é igual tumor, envenena a raiz"

Embate entre presidente da Câmara e articulador do governo Lula teve relação com votação de deputados sobre prisão de Chiquinho Brazão

Padilha cita Emicida para responder críticas de Lira: "Rancor é igual tumor, envenena a raiz"
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O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou nesta sexta-feira (12) as críticas feitas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chamou o petista de "incompetente" e "desafeto pessoal". Em evento no Rio de Janeiro, o responsável pela articulação do governo Lula com o Congresso afirmou que não vai descer "a esse nível" e, citando o rapper Emicida, disse que seguirá trabalhando sem "rancor".

+ Lira x Padilha: Lula não cogita trocar ministro, muito menos por alguém do Centrão; veja análise

Em referência ao cantor paulistano Emicida, Padilha falou: "Sobre rancor, a periferia da minha cidade, São Paulo, produziu uma grande figura, Emicida. Que diz: 'Mano, o rancor é igual tumor, envenena a raiz. A plateia só deseja ser feliz'".

Quanto a ter competência questionada por Lira, preferiu deixar a avaliação a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Sobre competência, deixo as palavras do presidente Lula, que, no dia de ontem, falou sobre isso. Sobre o resto [das palavras], eu não vou descer a esse nível. Eu sou filho de uma mãe alagoana, arretada, que sempre disse: 'Meu filho, quando um não quer, dois não brigam'", afirmou a jornalistas.

Padilha é o nome do governo para negociações com o Congresso e, como disse Lira, possui um desentendimento histórico e pessoal com o presidente da Câmara. O ministro afirmou que permanecerá consolidando uma relação com os líderes partidários para pautas prioritárias do Executivo.

+ PL quer disputar presidência da Câmara com candidato próprio e nomes são analisados

Entenda

As recentes rusgas surgiram durante o processo que deliberou sobre a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).

Padilha disse, publicamente, que o governo orientaria apoio à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a prisão do parlamentar.

Ontem, em uma feira agroindustrial em Londrina (PR), Lira foi questionado sobre uma possível perda de espaço de sua liderança no caso. Respondeu fazendo acusações ao ministro:

"Essa notícia [a de orientação do Executivo] foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro que ontem [quarta, 10] a votação foi de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver", afirmou Lira.

+Prisão de Chiquinho Brazão: veja como votaram deputados e partidos

Nesta sexta-feira (12), o ministro se defendeu: "O único ato que nós fizemos publicamente durante a votação desse tema foi afirmar que o governo defendia, sim, a prisão desse parlamentar... Lembrando, inclusive, que o governo tem uma ministra [Anielle Franco, da Igualdade Racial] que é irmã da Marielle".

"Eu aprendi a fazer política com o presidente Lula, com civilidade. Eu vejo a relação do governo, do Executivo, com o Congresso Nacional, como uma dupla de sucesso que fizemos no ano passado. Queremos repetir esse sucesso. Não tenho nenhum tipo de rancor", completou Padilha.
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