Publicidade

Pacheco diz que decisão do governo de questionar desoneração no STF foi “erro primário”

Presidente do Senado afirmou que benefício na folha estava em negociação política e decisão provoca desconfiança entre Poderes

Pacheco diz que decisão do governo de questionar desoneração no STF foi “erro primário”
Marcos Oliveira/Agência Senado
Publicidade

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a criticar a decisão do governo de enviar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para setores e municípios ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com avaliação de que o movimento foi um “erro primário”, Pacheco defendeu nesta terça-feira (30) que o tema estava em negociação política e que a decisão do Planalto provoca desconfiança entre Poderes.

+ Em meio a crise, Rui Costa pede apoio de senadores para recursos em obras do Novo PAC

“Nós estamos no meio dessa discussão política, não havia precipitação de uma ação. É esse o ponto, de fato, que nós atribuímos ser um erro do governo federal sob todos os aspectos”, declarou.

Pacheco ponderou que o movimento em recorrer à Justiça é uma alternativa válida, mas que a ação pode trazer prejuízos na relação entre a equipe do presidente Lula (PT) com o Congresso.

“No final das contas, ainda que vitorioso saia com uma decisão liminar, acaba sendo uma vitória ilusória. Porque resolve um ponto, mas gera crise de confiança na relação entre os Poderes para outros tantos temas que se pressupõe uma relação de confiança”, avaliou.

O senador ainda disse que todo o movimento provoca desgaste no STF, por colocar uma pauta política para decisão da Corte: “O desgaste que hoje o poder judiciário está enfrentando não tem compreensão, é fruto desse fenômeno de judicialização da política que faz provocar a decidir temas que são da política”.

Com a consideração de que o governo deveria buscar mais conversas com setores e municípios, Pacheco também disse que ele tem recebido queixas da falta de recursos em cidades e que empresas temem perder funcionários pelo impacto na folha salarial de contratados.

O impasse da desoneração

Atualmente, a prorrogação de benefícios tributários aos 17 setores e a municípios até 2027 foi suspensa no STF. O julgamento do caso foi adiado, por pedido de mais tempo para análise do ministro Luiz Fux. Cinco outros ministros votaram para que a desoneração até 2027 fique sem valer, são eles: Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

+ Jaques Wagner diz que governo está disposto a negociar, mas defende que desoneração da folha é inconstitucional

A judicialização do caso foi duramente criticada entre parlamentares e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que entrou com recurso ao caso junto ao STF.

Tanto Câmara quanto Senado haviam aprovado, no ano passado, a continuidade do benefício por considerar dificuldade financeira de estados e a geração de empregos. Parlamentares também derrubaram veto de Lula ao projeto. Em 2024, houve uma mobilização para desmobilizar uma MP que tentava reonerar setores de forma gradual.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Política
Desoneração da folha de pagamento
Rodrigo Pacheco

Últimas notícias

"Ainda Estou Aqui": livro que inspirou filme é o mais vendido do país

"Ainda Estou Aqui": livro que inspirou filme é o mais vendido do país

Obra lançada em 2015 viralizou após estreia nos cinemas brasileiros; mais de 1 milhão de pessoas já assistiram a adaptação
Kendrick Lamar, rapper indicado ao Grammy, lança novo álbum de surpresa

Kendrick Lamar, rapper indicado ao Grammy, lança novo álbum de surpresa

Lançamento pegou os fãs de surpresa. Uma das músicas em destaque é "Squabble Up", que aborda a rivalidade entre Lamar e o rapper Drake
 Padilha diz que inquérito do golpe isola ainda mais aliados de Bolsonaro

Padilha diz que inquérito do golpe isola ainda mais aliados de Bolsonaro

O ministro das Relações Institucionais criticou Tarcísio de Freitas por "puxar a fila" da defesa de Bolsonaro: "Apequena o papel do governo de São Paulo"
Ministério Público tem 5 dias para se pronunciar sobre caso que investiga Gusttavo Lima e Deolane

Ministério Público tem 5 dias para se pronunciar sobre caso que investiga Gusttavo Lima e Deolane

Famosos foram investigados em suposto esquema de lavagem de dinheiro vinculado a jogos ilegais. MP decide se denuncia, arquiva ou pede novas diligências
Esmeralda Bahia: EUA vão repatriar ao Brasil pedra de R$ 2 bilhões retirada ilegalmente

Esmeralda Bahia: EUA vão repatriar ao Brasil pedra de R$ 2 bilhões retirada ilegalmente

Considerado um espécime mineral raro, a esmeralda de quase 380 kg será integrada ao Museu Geológico Brasileiro
Sean Diddy: Justiça recusa fiança de US$ 50 milhões no início de julgamento por tráfico sexual

Sean Diddy: Justiça recusa fiança de US$ 50 milhões no início de julgamento por tráfico sexual

Rapper está preso acusado de usar sua influência no mercado da música para organizar eventos sexuais. Diddy nega
Poder Expresso: O que se sabe sobre o envolvimento de Bolsonaro no plano golpista?

Poder Expresso: O que se sabe sobre o envolvimento de Bolsonaro no plano golpista?

O programa também aborda o indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado
Anvisa libera implantes hormonais — exceto os “chips da beleza”; entenda

Anvisa libera implantes hormonais — exceto os “chips da beleza”; entenda

Decisão permite uso desses dispositivos em tratamentos médicos, que seguem proibidos para fins estéticos
Seis turistas morrem após consumirem bebida com metanol no Laos

Seis turistas morrem após consumirem bebida com metanol no Laos

Mortes ocorreram em Vang Vieng, destino popular no país. Adolescente australiana de 19 anos é a vítima mais recente
Réveillon do Rio terá shows de Caetano e Bethânia, Ivete, Anitta, e estreia de palco gospel

Réveillon do Rio terá shows de Caetano e Bethânia, Ivete, Anitta, e estreia de palco gospel

Serão 13 palcos espalhados pela cidade, que espera superar os 5 milhões de pessoas que participaram da festa no ano passado
Publicidade
Publicidade