Motta é vaiado e público grita "sem anistia" em evento com Lula no Rio de Janeiro
Presidente da Câmara participou de cerimônia em homenagem ao Dia do Professor; mandatário permaneceu ao lado do deputado durante discurso

Gabriela Vieira
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi vaiado nesta quarta-feira (15) durante evento no Rio de Janeiro em comemoração ao Dia do Professor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava presente.
Na ocasião, também é possível ouvir ao fundo pessoas gritando "sem anistia". A plateia era formada, em sua maioria, por professores da rede municipal de ensino. Diante do ocorrido, em um gesto de apoio, Lula ficou ao lado de Motta até o final do discurso do deputado.
A reação do público veio após atuação de Motta na Câmara na articulação política para seguir com a votação de projetos que propõem a anistia a condenados por atos golpistas do 8 de janeiro. A inclusão da urgência na pauta da Casa, por exemplo, foi interpretada como favorecimento à proposta.
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Pautas da educação
Motta falou sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), apresentado pelo deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE) nessa terça (14). O texto do projeto traz 19 objetivos a serem alcançados em 10 anos.
Ele também elogiou a postura do presidente Lula em pautas de educação, apesar da tensão recente entre a Câmara e o governo por causa da derrubada da medida provisória (MP) com alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Neste Dia Nacional do Professor, é uma honra estar aqui ao lado do senhor. Sem dúvida alguma, o presidente que mais fez pela educação do Brasil está demonstrando mais uma vez esse compromisso", disse Motta.
Críticas ao Congresso
Em contrapartida, Lula criticou o Congresso durante discurso. "Hugo é presidente desse Congresso e ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior", afirmou.
Lula também acrescentou que a população precisa de consciência política para eleger parlamentares em 2026. "A cara do Congresso Nacional é o resultado da consciência política que vocês tiveram no dia das eleições. Depois não adianta reclamar", completou.