Lula quer acordo entre Mercosul e Indonésia e defende quadruplicar uso de combustíveis sustentáveis
Presidente afirma que Brasil se opõe a medidas unilaterais e coercitivas que distorcem o comércio e limitam a integração econômica

Gabriela Vieira
com informações da Reuters
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (23) que pretende avançar nas negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e a Indonésia e afirmou que o Brasil vai propor durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada no mês de novembro em Belém, a quadruplicação do uso de combustíveis sustentáveis.
Em discurso durante Fórum Empresarial Indonésia-Brasil, em Jacarta, Lula também afirmou que a criação de um conselho nacional sobre minerais críticos, vinculado à Presidência da República, é um passo importante para a soberania brasileira sobre o setor e afirmou que o Brasil não pretende ser um mero exportador de commodities.
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Lula voltou a defender o multilateralismo após relações conflituosas com os EUA nos últimos meses. "Como a Indonésia, o Brasil se opõe a medidas unilaterais e coercitivas que distorcem o comércio e limitam a integração econômica."
Em defesa da relação comercial entre os países, o presidente Lula e o líder da Indonésia, Prabowo Subianto, assinaram uma série de acordos, que envolvem cooperações em medidas sanitárias e fitossanitárias e de certificação na área de agricultura, além de cooperação nas áreas de energia e mineração, ciência e tecnologia, estatística e promoção comercial.
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"Demonstração que o brasil quer levar muito a sério essa parceria estratégica com a Indonésia [...] Apostamos em uma parceria equilibrada e mutualmente benéfica aos dois países", disse.
O presidente brasileiro fica na Indónesia até sexta (24). Em seguida, o mandatário segue para a Malásia, onde permanecerá até terça (28). Ele vai participar da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e há expectativa para encontro presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo (26).