Lula e lideranças do PT lamentam a morte de Paulo Frateschi: 'Coração partido'
Ex-deputado estadual do partido foi assassinado a facadas pelo próprio filho, Francisco, durante um episódio de surto

Sofia Pilagallo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) lamentaram a morte de Paulo Frateschi, ex-deputado estadual da sigla, morto aos 75 anos nesta quinta-feira (6). Ele foi assassinado a facadas pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, durante um episódio de surto.
Paulo era amigo pessoal de Lula. Ele chegou a hospedar o presidente em sua casa em Paraty, no Rio de Janeiro, depois que o mandatário deixou a prisão, em 2019. Um ano antes, levou uma pedrada na orelha esquerda ao tentar proteger o chefe de Estado em uma das viagens da caravana petista com Lula, em São Miguel do Oeste (SC).
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"A morte de meu querido amigo Paulo Frateschi, nesta quinta-feira, me deixa com o coração partido. Perco um grande e leal companheiro, com quem compartilhei décadas de lutas por um Brasil mais justo", escreveu Lula em publicação no X (antigo Twitter).
"Paulo Frateschi sempre uniu sua simpatia e sua capacidade agregadora a uma grande coragem. Desafiou com bravura o autoritarismo. Foi perseguido pela ditadura militar. Mas venceu. Ajudou o Brasil a reconquistar a sua democracia. E atuou na fundação e consolidação do Partido dos Trabalhadores, do qual foi um grande dirigente", acrescentou.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também lamentou a morte de Paulo, a quem definiu o ex-deputado como um "companheiro querido, homem fraterno e referência de compromisso público e político no Brasil", além de um "defensor incansável da democracia".
Em publicação no X, Haddad ressaltou a trajetória política do ex-deputado, que se consolidou como "dirigente histórico" do partido e foi ainda secretário municipal de Relações Governamentais durante a gestão do ministro na prefeitura de São Paulo.
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O deputado federal por São Paulo Rui Costa afirmou, também no X, ter recebido com "profunda tristeza" a morte de Paulo, a quem se referiu como "companheiro histórico de tantas lutas" e "militante leal, íntegro e comprometido com a construção de um país mais justo e democrático".
Em nota, o PT também lamentou a morte do ex-deputado, lembrado pelo partido como um "companheiro dedicado", que atuou com "coragem, integridade e compromisso com a construção de um país mais justo".
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Paulo deixa a esposa, Yolanda Maux Vianna, filhas, netos e irmãos. Além de Francisco, ele tinha outros dois filhos, que morreram em acidentes de carro com menos de um ano de diferença.
Pedro morreu aos sete anos numa colisão na rodovia Carvalho Pinto, em Guararema (SP). No ano seguinte, Júlio morreu aos 16 numa batida na rodovia Rio-Santos, entre Paraty e Angra dos Reis.
O que aconteceu?
Segundo boletim de ocorrência, equipes da Polícia Militar foram acionadas na manhã desta quinta-feira para atendimento de ocorrência de agressão na Rua Ponta Porã, no bairro da Vila Ipojuca, zona oeste de São Paulo. No local, encontraram Paulo caído no chão da cozinha, com ferimentos de faca no abdômen.
Testemunhas informaram aos agentes que Francisco, filho da vítima, teria desferido o golpe de faca durante um episódio de surto. Paulo foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
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Durante o episódio de surto, Francisco agrediu também a mãe, Yolanda Maux Vianna, que fraturou o braço, e a irmã, Luisa Maux Vianna Frateschi, que quebrou o dedo. Ambas foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa e passam bem.
Francisco foi encontrado no interior da residência e conduzido à UPA da Lapa para avaliação médica. Após o atendimento, ele foi encaminhado à 91ª DP, onde foi autuado por homicídio e lesão corporal.








