Lula diz que não haverá desoneração para favorecer os mais ricos no Brasil
Presidente participou do ato unificado em comemoração ao Dia do Trabalhador, em São Paulo
Em ato em comemoração ao Dia do Trabalhador (1º) na Neo Química Arena, zona leste de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não haverá desoneração da folha de pagamentos no Brasil que “favoreça os mais ricos”.
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Com o assunto em intenso debate com o Congresso Nacional, em especial o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula negou que exista uma “guerra” com o parlamento brasileiro. Ele reforçou as aprovações de propostas capitaneadas pelo Palácio do Planalto tanto na Câmara quanto no Senado como um argumento para negar a crise.
“Se vocês acompanharem a imprensa todos os dias, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, chamada progressista, não chega a 140 deputados de 513, mas eu quero fazer um reconhecimento. Nós fizemos alianças políticas para governar e até hoje todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo [...] por competência dos ministros e dos parlamentares que aprenderam a conversar ao invés de se odiar”, disse Lula
Durante seus discursos ao longo dos últimos meses, Lula costuma fazer afagos ao Congresso para negar a existência de uma crise quando ocorrem divergências entre o Executivo e o Legislativo. Nesta quarta-feira, ele citou a aprovação da reforma tributária como uma amostra da suposta relação entre o governo e os parlamentares de maneira geral.
“Assim que a gente fez pela primeira vez num momento de democracia a reforma tributária, que vai fazer a gente vai despenalizar as pessoas de classe média que pagam muito imposto e fazer com que o muito rico passe a pagar mais imposto neste país. Nesta proposta de todo alimento da cesta básica será desonerado”, disse Lula.
Discordância por desoneração
O governo federal recorreu Ao Supremo Tribunal Federal para acabar com a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, acatou o pedido da Advocacia Geral da União (AGU) e considerou inconstitucional a desoneração da folha de pagamentos, nesta quinta-feira (25). O julgamento está paralisado após pedido de vista do ministro Luiz Fux.
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