Lula desdenha de pesquisas eleitorais e volta a provocar Bolsonaro: "Pode tirar o cavalo da chuva"
Para o petista, atual cenário não refletirá intenções de voto nas eleições de 2026
Vinícius Nunes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (6) que 2026 está muito longe para discutir pesquisas eleitorais, mesmo com o petista liderando todos os cenários da Quaest, em levantamento divulgado na última segunda (3).
Para Lula, as pesquisas devem ser respeitadas, mas que a "pesquisa de verdade" começa apenas no momento em que a campanha eleitoral começar, no ano que vem. "Temos que dar tempo ao tempo, a pesquisa de verdade começa a fazer efeito a partir do momento em que a campanha começa. O restante é estatística que temos que respeitar, mas que não podemos levar tão a sério", disse.
Segundo o levantamento da Quaest, se a eleição fosse hoje, o petista venceria o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), o cantor sertanejo Gusttavo Lima (sem partido), o coach Pablo Marçal (PRTB), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro e ex-deputado Ciro Gomes (PDT), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
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Lula x Bolsonaro
Ainda sobre 2026, o petista voltou a provocar Jair Bolsonaro (PL). Sem citar nominalmente o ex-presidente, Lula disse que "se depender" dele, o "negacionismo não voltará". "Se depender de mim, a democracia vai derrotar o negacionismo", afirmou,
Inelegível até 2030, Bolsonaro tenta uma manobra com aliados no Congresso Nacional para receber anistia. O perdão serviria também para os manifestantes radicalizados que destruíram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e os envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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Para o atual presidente da República, se Bolsonaro tiver sucesso com a anistia, ele perderia nas urnas novamente. "Se o cidadão que foi presidente, com as bravatas que ele fala, com as mentiras que ele conta, com as provocações que ele faz, quiser ser candidato… [...]. Se esse cidadão quiser voltar, ele pode tirar o cavalo da chuva, porque quantas vezes eu for candidato, quantas vezes eu vou derrotá-lo", declarou Lula.