Lula chama de "pequenez" luta de empresários por desoneração e cobra contrapartida
Presidente da República sugeriu que empresários deveriam oferecer estabilidade e melhores salários ao trabalhadores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou dos empresários dos 17 setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos uma contrapartida para justificar a manutenção da medida.
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Em Pernambuco para anunciar a retomada de investimentos na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Lula atacou a Lava Jato, o ex-presidente Jair Bolsonaro e definiu como “pequenez” a luta de empresários para manter a desoneração da folha de pagamentos
“Esse país é muito grande e não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração da folha para deixar de pagar imposto na folha de pagamento de salário”, disse Lula.
Lula continuou: “Os empresários que estão fazendo essa proposta para nós, por acaso fizeram alguma contrapartida? Eles querem que a gente desonere a folha de pagamento. Por que não garantem a estabilidade dos trabalhadores durante todo o período (do benefício tributário)? Por que não distribuem parte do que vão economizar (com a desoneração) em forma de salário para os trabalhadores? Não, porque só eles querem, só eles desejam”.
Críticas a Bolsonaro
Durante seu discurso na refinaria em Ipojuca (PE), Lula se referiu a Jair Bolsonaro como "psicopata" após ter afirmado que a Lava Jato tirou dinheiro do Brasil ao "atacar a soberania nacional".
"É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses 10 anos de atraso nessa empresa, quanto salário deixou de ser pago, quantas pessoas não têm benefícios nesse país, quanto que esse país perdeu da sua competitividade internacional até chegar ao ponto de eleger um psicopata para ser presidente desse País", disse.
Lula prosseguiu com o discurso e afirmou que o adversário nas últimas eleições era o "inferno" para os governadores nordestinos. Ele fez a colocação enquanto se referia à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que não compôs sua base aliada nas eleições de 2022.
“A Raquel devia ter sido governadora no governo anterior. Pergunta para qualquer governador do nordeste qual foi o inferno deles? Era como se fosse o capeta negando pão para pessoa que precisava pisando pão”, falou Lula.
