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Política

Lewandowski recua após dizer que "polícia prende mal"

Segundo ministro, declaração visava defender a PEC da Segurança e foi tirada de contexto

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Criticado por afirmar que "as polícias prendem mal e, por isso, o Judiciário solta", o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, argumentou que a fala foi retirada de contexto e seu objetivo era destacar a necessidade de melhores condições para os agentes de segurança.

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Lewandowski fez a declaração na última quarta-feira (20), durante uma palestra sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, em Brasília. Na ocasião, criticou a visão de que "a polícia prende e o Judiciário solta" e argumentou que, muitas vezes, as prisões ocorrem sem provas concretas.

"Se a polícia prendesse de forma mais técnica, apresentando os dados, sobretudo os indícios probatórios para o juiz, dificilmente ele seria solto", afirmou o ministro.

Antes do recuo, associações policiais divulgaram uma nota conjunta criticando a declaração. Segundo elas, as palavras de Lewandowski "revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do governo".

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também se manifestou. "No mesmo dia em que um policial civil no RJ sofre um disparo de fuzil de dentro de um helicóptero, tem essa fala desastrosa", disse Derrite. "Apesar das besteiras que ele fala, a culpa não é dele, e sim de quem o escolheu para essa função."

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Por outro lado, entidades representativas de magistrados e juízes federais saíram em defesa do ministro. Segundo elas, o Poder Judiciário tem o dever constitucional de relaxar prisões feitas em desacordo com a lei.

Após a repercussão, o Ministério da Justiça esclareceu que o ministro pretendia abordar a falta de integração das polícias e a importância das audiências de custódia, ponto central da PEC da Segurança. O texto será enviado ao Congresso após a viagem de Hugo Motta e Davi Alcolumbre ao Japão, onde acompanham o presidente Lula.

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