Publicidade
Política

Justiça torna prefeito de Sorocaba réu por suspeita de superfaturamento

Rodrigo Manga é acusado pelo MP-SP de irregularidades em contrato de R$ 46 milhões para compra de lousas digitais; ex-secretário de educação também é alvo

Imagem da noticia Justiça torna prefeito de Sorocaba réu por suspeita de superfaturamento
Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba, é alvo de investigação da PF | Reprodução
Publicidade

A Justiça de São Paulo acolheu o pedido do Ministério Público do Estado (MP-SP) e tornou réu o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), por suspeita de superfaturamento na compra de equipamentos escolares.

+ PGR pede condenação de irmãos Brazão e de delegado Rivaldo Barbosa por assassinato de Marielle

Na ação, o MP-SP afirma que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) analisou o contrato e constatou que, de cada R$ 4 investidos na compra das lousas digitais, R$ 1 foi superfaturado.

A investigação envolve a aquisição de 1.188 lousas digitais em 2021, durante o primeiro mandato do prefeito. O contrato, firmado com a empresa Educateca Serviços Educacionais, teve custo de R$ 46 milhões. A empresa foi procurada, mas não se manifestou.

A Justiça também tornou réu o ex-secretário de Educação do município, Márcio Carrara.

+ Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, morre aos 89 anos

Na denúncia, os promotores pediram o bloqueio dos bens do prefeito e de Carrara, além do afastamento do ex-secretário do cargo de chefe de gabinete na Secretaria Municipal de Relações Institucionais. No entanto, o juiz Alexandre Grandinetti negou os pedidos por falta de provas.

O prefeito Rodrigo Manga e o servidor envolvido foram procurados, mas a reportagem não obteve retorno.

Investigação da Polícia Federal

No início deste ano, em abril, o prefeito de Sorocaba também foi alvo de operação da Polícia Federal (PF). Suspeito de receber propina de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo um contrato com uma Organização Social (OS), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do dirigente municipal.

+ Alvo da PF, prefeito de Sorocaba (SP) nega irregularidade e diz que investigação é "um ato político"

Denominada "Copia e Cola", a operação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma OS (Organização Social) para gerir serviços de saúde no município.

+ PF cumpre mandado na casa do prefeito de Sorocaba; suspeita é de desvios de recursos da saúde

De acordo com a PF, as investigações apontam indícios de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie, pagamentos de boletos e transações imobiliárias.

Na época, o prefeito, que também faz sucesso na rede social TikTok, ironizou a operação. Os agentes federais cumpriram mandado de busca em sua residência e apreenderam seu celular e carro.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade