Política

Justiça torna prefeito de Sorocaba réu por suspeita de superfaturamento

Rodrigo Manga é acusado pelo MP-SP de irregularidades em contrato de R$ 46 milhões para compra de lousas digitais; ex-secretário de educação também é alvo

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Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba, é alvo de investigação da PF | Reprodução

A Justiça de São Paulo acolheu o pedido do Ministério Público do Estado (MP-SP) e tornou réu o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), por suspeita de superfaturamento na compra de equipamentos escolares.

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Na ação, o MP-SP afirma que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) analisou o contrato e constatou que, de cada R$ 4 investidos na compra das lousas digitais, R$ 1 foi superfaturado.

A investigação envolve a aquisição de 1.188 lousas digitais em 2021, durante o primeiro mandato do prefeito. O contrato, firmado com a empresa Educateca Serviços Educacionais, teve custo de R$ 46 milhões. A empresa foi procurada, mas não se manifestou.

A Justiça também tornou réu o ex-secretário de Educação do município, Márcio Carrara.

Na denúncia, os promotores pediram o bloqueio dos bens do prefeito e de Carrara, além do afastamento do ex-secretário do cargo de chefe de gabinete na Secretaria Municipal de Relações Institucionais. No entanto, o juiz Alexandre Grandinetti negou os pedidos por falta de provas.

O prefeito Rodrigo Manga e o servidor envolvido foram procurados, mas a reportagem não obteve retorno.

Investigação da Polícia Federal

Denominada "Copia e Cola", a operação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma OS (Organização Social) para gerir serviços de saúde no município.

De acordo com a PF, as investigações apontam indícios de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie, pagamentos de boletos e transações imobiliárias.

Na época, o prefeito, que também faz sucesso na rede social TikTok, ironizou a operação. Os agentes federais cumpriram mandado de busca em sua residência e apreenderam seu celular e carro.

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