Governo vai ressarcir aposentados se entidades não pagarem, diz ministro
Em entrevista ao SBT News, o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, diz que as fraudes começaram ainda na gestão Bolsonaro

Murilo Fagundes
O ministro Márcio Macêdo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência do governo Lula, falou nesta terça-feira (13) sobre o esquema ilegal de descontos de aposentadorias e pensões.
Ao SBT News, Macêdo afirmou que os recursos serão devolvidos pelas entidades e, em último caso, pelo Tesouro Nacional.
"Os recursos retirados ilegalmente dos aposentados e pensionistas vão ser devolvidos pelas entidades. Se assim não for, o Tesouro vai assumir o compromisso e vai acionar as entidades para que possam ressarcir o erário”, declarou.
Ainda segundo o ministro, “o comportamento do governo Lula, por determinação do presidente, foi de apurar e punir aqueles delinquentes que cometeram os crimes contra os aposentados e pensionistas no Brasil."
Lula candidato à reeleição
Na entrevista, o ministro da SG, como é conhecida sua pasta, defende a reeleição do presidente Lula em 2026 e diz que o processo eleitoral já começou informalmente.
"O processo eleitoral está muito antecipado. Eu sou da opinião que o presidente Lula será candidato à reeleição e, na minha opinião, tem que ser candidato à reeleição para liderar os democratas do Brasil nesse processo de consolidação das mudanças que estão ocorrendo no nosso país”, disse.
De acordo com Macêdo, Lula “reúne todas as condições políticas, de gestão e de saúde para poder ir para a reeleição. Então, certamente será o candidato desse bloco democrático popular à reeleição”.
Edinho Silva pode liderar o partido
"Eu acho que o nome do Edinho está se consolidado e eu espero que a gente tenha unidade em torno disso para a gente fazer uma disputa de ideias, uma disputa de concepção, de preparar o PT para esse novo ciclo que se avizinha”.
“Nós temos que preparar o PT para conduzir esse processo de coligação para a reeleição do presidente Lula, que é uma tarefa gigantesca, que vai, vai necessitar que o partido tenha unidade interna, tem a capacidade de compreensão dos desafios e do embate que nós vamos ter na sociedade para que a gente possa dar conforto ao presidente Lula, para ir para o processo de reeleição com tranquilidade e poder ganhar a eleição”.
Menos viagens internacionais, mais nacionais
Questionado se Lula deverá desacelerar o ritmo de viagens internacionais para se concentrar na agenda nacional em busca da vitória em 2026, Macêdo responde:
"Você tem razão numa coisa importante: que ele passe a rodar o Brasil, porque as pessoas querem estar próximo dele, querem conversar com ele, querem ouvir ele. Ele é o maior comunicador do governo dele e talvez um dos maiores comunicadores de massa do Brasil.”
Macêdo acrescenta: “Eu defendo que ele rode o Brasil, que ele faça as assinaturas de anúncios fora do Palácio, conversando com as pessoas”.
Relação com a China
"A China já é o principal parceiro brasileiro. A China está lidando muito bem com isso. É óbvio que ela não se envolve em conflitos, não se envolve em guerra e ajuda a financiar os países do entorno ali asiático. Ela está investindo na África e está investindo na América Latina e na América do Sul. Isso é muito importante”.
“O Brasil não vai tomar partido nisso nem com os Estados Unidos nem com a China. O Brasil vai ter relações com os Estados Unidos, vai ter relações com a China, vai ter relações com os nossos parceiros do Mercosul, porque é assim que se faz uma democracia"