Governo nega reajuste de 7% e diz que vai aguardar arrecadação para definir aumento para servidores
Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, centrais sindicais e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais cobram recomposição salarial
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijoó, disse em reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, nesta quarta-feira (28), que o governo aguarda ainda a confirmação da arrecadação extra de 2024 para a definição do reajuste salarial aos servidores públicos federais.
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A informação foi confirmada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que participou da reunião.
"As entidades representativas dos servidores públicos federais reiteraram que, sem recomposição salarial já neste ano, não há acordo e as mobilizações serão intensificadas", acrescenta o Fonacate em comunicado, publicado no X (antigo Twitter).
No final de janeiro, a entidade, centrais sindicais e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) protocolaram, no MGI, uma contraproposta unificada sobre reajuste.
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Nela, segundo o Fonacate, constam dois blocos de recomposição salarial: reajuste de 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores federais que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017); e reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019).
A decisão do governo de aguardar a confirmação da arrecadação extra de 2024 para a definição da correção, comunicada por Feijoó nesta quarta-feira, significa que, por ora, a contraproposta não foi acatada.
A proposta do governo
Em dezembro, o governo fez uma proposta para os servidores públicos federais, com uma atualização de valores em benefícios de 51% para auxílio saúde e auxílio-creche e aumento no vale alimentação: que vai passar dos atuais R$ 658 para R$ 1 mil. A recomposição salarial, no entanto, ficou de fora para o ano. Com sugestão de ser paga em duas parcelas de 4,5%, em 2025 e 2026.