G20, Brics e ONU: veja quais eventos internacionais Lula deve participar até o fim do ano
Ao todo, presidente deve participar de pelo menos seis fóruns internacionais
Raphael Felice
Perto de sediar o G20, em novembro no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar de outros cinco fóruns internacionais até o final de 2024. Após foco no exterior em 2023, Lula intensificou viagens pelo Brasil e já visitou estados em todas as regiões do país, em 2024, mas sem tirar o pé do acelerador nas agendas no exterior.
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Antes mesmo do G20, Lula terá outras três agendas em fóruns internacionais. Nos dias 19 e 20 de setembro, o presidente participa da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Em outubro, Lula vai para Kazan, na Rússia, para uma reunião da cúpula dos Brics.
Os russos estão na presidência rotativa do grupo e serão os anfitriões de Brasil, Índia, China e África do Sul, que junto com a Rússia, faziam parte da formação original do grupo, que passou a crescer no começo deste ano. Agora, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Etiópia e Egito também fazem parte do grupo de países com economias consideradas emergentes.
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Em novembro, já após as eleições municipais, Lula terá uma movimentada agenda internacional. Entre os dias 10 e 16 ele participa da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que será realizada no Peru. Logo após, ele deve seguir viagem direto para Baku, no Azerbaijão, onde participará da COP-29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).
O evento climático será realizado entre os dias 11 e 22 de novembro. A COP em Baku é vista com suma importância para o governo brasileiro, pois a COP-30 será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.
Em dezembro, Lula também deve participar da reunião da Cúpula do Mercosul, em Montevidéu. O bloco econômico possui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia como membros efetivos. Uma das expectativas para o encontro é a possibilidade de uma conversa entre Lula e o presidente argentino, Javier Milei.
A Venezuela também é um membro pleno no bloco, mas está suspensa. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname são considerados membros associados. Já México e Nova Zelândia também fazem parte do bloco, mas apenas como observadores.
G20
Lula voltará da COP-29 antes do dia 22 de novembro, pois nos dias 18 e 19 do mesmo mês, o presidente será o anfitrião da reunião da cúpula do G20, no Rio de Janeiro. O bloco é composto pelas 19 maiores economias do mundo, a União Africana e a União Europeia.
O Brasil conduz a presidência do G20 com foco no combate à fome e à pobreza, no combate às mudanças do clima e defende ainda uma reforma no modelo de governança em órgãos internacionais, como a ONU e seu conselho de segurança. Lula defende que países do Sul Global, como os da América do Sul e da África, passem a ter maior protagonismo nas decisões internacionais.
ONU
Os temas prioritários do país no G20 também serão pauta durante a Assembleia-Geral da ONU, dois meses antes, em Nova Iorque. Na ONU, Lula também faz parte da reunião de líderes democráticos contra o extremismo, lançada junto com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez.
Durante o encontro da ONU, Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também devem medir resultados e falar sobre a parceria para promover o trabalho digno, formada pelos dois governos (brasileiro e estadunidense) na Assembleia-Geral realizada no ano passado.