Em reunião com Lula, petroleiros defendem Petrobras focada no social e aberta à transição ecológica
Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, troca no comando da Petrobras não debatida na reunião
O encontro acontece em meio a um processo de fritura contra o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, causado principalmente pelo estremecimento na relação com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que vem fazendo críticas públicas ao chefe da petroleira.
O maior entrave na relação entre eles está relacionado à posição de Prates com relação à divisão dos dividendos extraordinários da Petrobras. Rui Costa, ministro da Casa Civil, é outro crítico à gestão de Prates.
Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, os assuntos relacionados à Petrobras tratados na reunião não envolveram uma eventual troca de comando na empresa.
“Tratou-se da necessidade de fortalecer o conteúdo nacional, discutir o papel social da Petrobras, os investimentos do fundo da Petrobras, porque é importante ter um alcance para a sociedade brasileira, mas não foi tratado nenhum tema em relação à mudança da Petrobras ou a conflitos na Petrobras”, disse Macêdo.
“Também falou da necessidade de uma Petrobras que seja além do petróleo, foi debatido que tenha esse alcance de uma empresa de energia que possa estar aberta para a discussão sobre a transição ecológica, sobre as outras formas de investimentos de energia no país”, concluiu o ministro.
Apesar do assunto não ter sido tratado, segundo Márcio Macêdo, a defesa de que a Petrobras não seja apenas uma empresa voltada para combustíveis fósseis representa um apoio a Jean Paul Prates. Ele defende que a Petrobras impulsione a transição energética no país.
Segundo o secretário-geral da Presidência, encontros como este para atender entidades sociais e de categorias com representação nacional devem ocorrer com maior frequência. Lula tem usado a Residência Oficial da Granja do Torto para conduzir este tipo de reunião. Há algumas semanas, no mesmo local, ele conduziu reuniões com empresários do setor de fruticultura.
Márcio Macêdo também falou sobre demandas trazidas pelo grupo Evangélicos Pela Democracia. O governo vem adotando estratégias para reduzir a resistência dos evangélicos com Lula e lançou, nesta semana, a campanha “Fé no Brasil”. Na quinta-feira (5), o presidente discursou em Pernambuco em tom religioso, com citações a Deus e a milagres.
Existe uma discussão acerca da necessidade de ter políticas públicas que possam alcançar a comunidade evangélica, católica, sobretudo as mães evangélicas e as mães católicas que estão preocupadas com seus filhos, são vítimas de violência nas periferias da grande cidade, nos rincões do nosso país. Então, mais uma atenção da necessidade de se produzir políticas públicas que tenham como alcance essas comunidades.
“Existe uma discussão acerca da necessidade de ter políticas públicas que possam alcançar a comunidade evangélica, católica, sobretudo as mães evangélicas e as mães católicas que estão preocupadas com seus filhos, são vítimas de violência nas periferias da grande cidade, nos rincões do nosso país. Então, mais uma atenção da necessidade de se produzir políticas públicas que tenham como alcance essas comunidades”, disse o ministro
