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Política

Defesa de Braga Netto contesta competência do STF em alegações finais sobre trama golpista

Advogados pedem absolvição, alegam falta de provas e pedem, como alternativas, anulação do processo ou julgamento pelo Plenário do Supremo

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Walter Braga Netto à frente da bandeira do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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A defesa de Walter Souza Braga Netto pediu, nesta quarta-feira (13), a absolvição do ex-chefe da Casa Civil, afirmando que não há provas que liguem o general a qualquer plano golpista.

Nas alegações finais no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, os advogados também contestaram a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso.

Caso a absolvição não seja concedida, a defesa solicita a anulação do processo, alegando falhas desde a abertura do inquérito.

Como alternativa, os advogados pedem que, se o STF não reconhecer sua incompetência para julgar o caso, o julgamento seja conduzido pelo Plenário da Corte e não pela Primeira Turma.

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Entre os principais argumentos da defesa estão a contestação do foro do STF, a suspeição do ministro relator Alexandre de Moraes e críticas à delação premiada de Mauro Cid.

Segundo os advogados, Moraes não seria imparcial, já que foi apontado como alvo dos supostos crimes e a delação de Cid teria sido obtida sob pressão, comprometendo sua credibilidade.

A defesa também rebate todas as acusações de mérito. Os advogados afirmam que não há provas de que Braga Netto tenha participado de reuniões para planejar golpe, entregue dinheiro a Cid ou atuado como intermediário entre Bolsonaro e manifestantes de 8 de janeiro.

Segundo eles, encontros em sua residência foram somente visitas de cortesia e suas falas no Palácio da Alvorada foram mal interpretadas.

+ Trama golpista: Braga Netto diz que nunca tinha ouvido falar em 'Punhal Verde Amarelo' ou 'Copa 2022'

Julgamento do Núcleo 1

A entrega das alegações finais pelos réus do grupo considerado crucial na trama golpista é a última etapa antes do julgamento,

A entrega das alegações finais pelos réus do grupo considerado crucial na trama golpista é a última etapa antes de Moraes concluir seu relatório e voto, que abrirá o caminho para o julgamento do caso. Na Primeira Turma do STF, os ministros decidirão se absolvem ou condenam os acusados. O prazo para envio termina nesta quarta-feira (13). Além de Braga Netto, integram o “Núcleo 1”:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; e
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Todos são acusados de:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Participação em organização criminosa armada;
  • Dano qualificado;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

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